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7.6.06

Plasma ou LCD ?


LCD ou plasma, o que é melhor para a sua próxima TV?

Afora o preço, a TV de plasma não é a mais adequada para qualquer consumidor. Varia pelo uso: para games, TV aberta e computador não é o melhor. Para Copa do Mundo depende.Por Paulo Rebêlo, com Folha de Pernambuco.

A televisão comum recebe o sinal analógico das transmissoras e a imagem é escalonada no chamado formato padrão 4:3, que significa 4 de largura por 3 de altura. A televisão de plasma é digital e trabalha com o formato usado no cinema e em filmes de DVD. É o chamado widescreen, de medida 16:9 ou 16:10, um retângulo.
Se você assistir canais abertos, como novelas ou os programas locais, a imagem será 4:3 que, se for esticada para os 16:9 da sua tela de plasma, irá gerar uma distorção perceptível na imagem. Mesmo na TV por assinatura, a maioria dos canais são exibidos em 4:3. E qual seria a solução? O jeito é assistir em 4:3 na tela de plasma, o que irá gerar duas tarjas pretas, grandes, nas laterais da tela − justamente a porção de imagem que não está sendo utilizada. Ocorre que a solução é um problema ainda maior, porque se as tarjas pretas ficarem por horas seguidas, elas irão manchar o plasma, causando o efeito burn-in. Para 100% de satisfação, só mesmo os filmes em DVD em widescreen, que encham a tela.
Segundo a gerente de produtos da LG, Fernanda Summa, o recomendado pela empresa é que “ninguém assista nada com tarjas pretas por mais de uma hora na TV de plasma, pois além desse tempo a tela pode realmente ficar marcada pelo burn-in”. Ou seja, nada de três novelas seguidas para os noveleiros de plantão.

O comerciante Marco Antônio de Sousa foi um dos que quase viram o investimento na TV de plasma ir pelo ralo. “Como eu estava acostumado com a imagem 4:3, optei por assistir programas com as tarjas pretas, mas não sabia dos problemas de burn-in. Depois de um tempo, a tela estava praticamente toda manchada, uma coloração diferente que tornou-se gritante até quando fui assistir filmes em DVD”, explica Sousa, que depois de meses entre assistência técnica e fabricantes, conseguiu trocar a TV.
Sousa complementa: “é engraçado, porque o próprio manual indicava que poderia ocorrer manchas permanentes na tela em caso de imagens paradas (estáticas), mas era completamente omisso em relação às tarjas pretas, que é um recurso oferecido pela própria TV. Ou seja, um recurso da própria TV danifica a tela”, lamenta. O modelo em questão era um Philips e, de acordo com Sousa, a fabricante trocou o televisor em pouco tempo e o atendeu muito bem. Procurada pela reportagem para comentar sobre os efeitos de burn-in, a Philips informou que nenhum porta-voz da empresa estava disponível.

Games na tela grande também prejudicam

Jogar videogame em uma TV de plasma é outra tentação, sobretudo com os consoles novos como Xbox e Playstation 2. Com a celeuma gerada pelas manchas na tela, as desenvolvedoras de jogos começam a repensar o costume de exibir marcas estáticas. Por exemplo, em jogos de tiro, a interface (chamada de HUD) com os detalhes sobre energia, munições e mapas, fica parada o tempo todo. Resultado: após algumas horas de tiros e explosões, a TV de plasma corre o sério risco de ficar marcada.

LCD ou plasma, o que é melhor?

Uma outra opção disponível no mercado são as telas de cristal líquido, o LCD. O especialista em tecnologia da informação e criador do iBuscas, Eduardo Favaretto, explica a diferença entre as duas: “a principal diferença é formação da imagem e a resolução, que no LCD varia de 1024x768 a 1920x1080 pixels, associada a um baixo consumo de energia.

A tela de LCD é mais usada atualmente para dispositivos pequenos, como displays de celulares, equipamentos de som para carros e monitores de computador, além de TVs abaixo de 42 polegadas”, explica.
O LCD também apresenta problemas, que são menos graves. Em imagens muito rápidas, às vezes é possível identificar rastros na tela, o chamado efeito fantasma ou “ghost”. Esses rastros são instantâneos, não mancham e não queimam a tela, mas incomodam bastante. Isso ocorre, também, porque o sinal é analógico.
Para uso em computador, o problema é facilmente solucionado ao comprar um cabo digital de conexão entre o monitor o PC, chamado de cabo DVI, o que acaba com o efeito fantasma e melhora consideravelmente a qualidade da imagem. Mas não funciona em televisão. Entre as desvantagens do LCD, é que a relação brilho/contraste não é tão vibrante quanto o plasma.

Prós e contras da TV de plasma

Prós:- cores mais vibrantes- ângulo de visão mais amplo- contraste aprimorado, melhor do que telas LCD- tamanhos de tela a partir de 42 polegadas, modelos de até 103 polegadas- ideal para DVDs e sinal digital em widescreen 16:9

Contras: - alto consumo de energia- ao ficar muito próximo da tela, é gerado um efeito flicker que cansa a vista mais rápido- imagens estáticas e tarjas pretas nas laterais queimam a tela- para ser usado como monitor no PC, é inferior ao LCD por conta da resolução em pixels.- possui mais reflexo do que o LCD, deixando a tela "espelhada" se houver incidência de luz direta (janela aberta, por exemplo), fenômeno também conhecido em monitores CRT. [Webinsider]



Cuidado com o burn-in.

TV de plasma tem imagem ótima. Mas se o aparelho não é só para DVD, saiba que imagens da TV aberta não ficam tão bem e as tarjas pretas e logotipos podem manchar a tela.

À primeira vista, é o paraíso. Imagens fantásticas, cores vibrantes, linhas perfeitas. Com a Copa do Mundo dobrando a esquina, a tentação para comprar uma televisão de tela gigante só vai aumentar pelos próximos dias até o início do evento. Nessa situação, as TVs de plasma com telas de 42, 50 e 60 polegadas se tornaram um objeto de desejo do brasileiro.
O que os atuais e futuros compradores não sabem é que, muitas vezes, a TV de plasma pode se transformar em uma dor de cabeça e nem sempre é o tipo mais indicado para o seu perfil. As reclamações sobre defeitos enchem os fóruns técnicos na internet e as associações de defesa ao consumidor alertam para a falta de informação por parte de lojistas e fabricantes.
As vantagens da TV de plasma são bem visíveis. Telas gigantes, design caprichado e cores vibrantes. As desvantagens, porém, dificilmente ficam à mostra e quase nunca são informadas corretamente pelos vendedores ou fabricantes. Quem compra uma TV de plasma, geralmente não fica sabendo de duas restrições técnicas e impeditivas que podem tirar toda a graça do aparelho e colocar em xeque o investimento.

Primeiro: aquela imagem linda e perfeita que você vê nas lojas, não se repetirá em casa, a não ser em condições especiais. Segundo, se você acha que vai poder ficar grudado por horas a fio vendo TV, é bom procurar outra diversão. A depender do tipo de programa televisivo, filme ou jogo, a tela da TV de plasma pode ficar queimada (manchada) após horas seguidas com imagens paradas, ocasionando o chamado efeito de “burn-in” e marcando a tela de uma forma nada discreta.
Devido à própria tecnologia em si, a TV de plasma é moldada para exibir na tela o que tem de melhor somente quando o sinal é digital. No Brasil, os programas da TV nos canais abertos chegam em sinal analógico. Resultado: ao assistir aos canais abertos no aparelho de plasma, você verá riscados, granulados e uma imagem perceptivelmente inferior, às vezes pior do que na sua antiga TV comum de 20 polegadas. Para reverter o problema, a opção seria assistir a tudo com TV por assinatura (Sky, DirecTV etc.), mas, mesmo assim, não há garantia de que todos os canais sejam digitais.

Nos filmes em DVD, que são digitais, não há problema e a imagem é verdadeiramente boa.
Mas o que está tirando os compradores do sério é o efeito de burn-in, quando uma imagem estática queima a tela e deixa uma mancha. Exemplo prático: um jogo de futebol com a logomarca do canal sendo exibida durante toda a partida, parada, sem mudar. Muitas vezes, após o jogo, é fácil perceber que aquele local ficou manchado.
Levando em consideração que a TV de plasma é retangular (formato widescreen 16:9) e a maioria da programação é quadrada (formato padrão, 4:3) você irá ver duas tarjas pretas do lado da imagem. Essas tarjas, após mais ou menos duas horas, podem manchar a tela de forma definitiva. Para evitar isso, só existe uma solução: forçar a recepção para o formato widescreen, deformando a imagem e causando desconforto visual.

Algumas fabricantes das TVs garantem que os modelos novos não possuem o problema, por serem de nova geração, com recursos anti-burn in. No entanto, na garantia, não especificam. No manual, as informações também são superficiais.
De acordo com a gerente de produtos da LG, Fernanda Summa, alguns modelos novos possuem recursos para amenizar o burn-in, mas é impossível evitar por completo. “O plasma tem uma restrição da própria tecnologia de não deixar uma imagem estática muito tempo na tela, como as tarjas pretas laterais”, explica. Ela acha que “quem compra uma TV assim, tem que estar preparado para usar o formato widescreen, mesmo que deforme um pouco a qualidade da imagem nos canais abertos. Mas para filmes em DVD, a imagem fica perfeita”, garante. O gerente de logística da Plasmashop, Thiago Sato, confirma que “infelizmente, todas as plasmas estão sujeitas e a maioria dos compradores não faz idéia dos problemas até que eles aconteçam. É um fator negativo a médio e a longo prazo, sem dúvida”, explica Sato.
No entanto, uma rápida visita a fóruns na internet revela que, na prática, o pós-venda e a assistência técnica de várias fabricantes deixam muito a desejar. Por outro lado, os consumidores que compraram TVs de plasma e não tiveram problemas de manchas, se consideram bem felizes e satisfeitos com a compra.
[Webinsider]

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