Seguidores

Pesquisar este blog

29.10.06

ARTIGO

"O Brasil chegou ao século 21 esbarrando em dois muros: o da desigualdade, que separa os pobres dos ricos; e o do atraso, que separa o Brasil dos países desenvolvidos."
23.10.2006 Publicado na Folha de S. Paulo

O Brasil chegou ao século 21 esbarrando em dois muros: o da desigualdade, que separa os pobres dos ricos, como se fossem habitantes de países diferentes; e o do atraso, que separa o Brasil dos países desenvolvidos. Sem derrubar esses dois muros, continuaremos a ser uma meia-nação, além de ser uma nação atrasada. Para rompê-los, não bastam os pequenos ajustes que caracterizam nossa história. O Brasil tem optado sempre pelo pequeno avanço. No lugar da abolição, preferiu leis para aliviar a escravidão, até que ela se esgotou. Mas nada fez para incorporar os ex-escravos. Em vez de uma industrialização consistente, preferiu o protecionismo estatal, com técnicas e capital importados. O resultado é que não temos uma demanda de acordo com o nosso tamanho, tampouco base financeira, científica e tecnológica que promova nossa inserção no mundo moderno com a inclusão de todos os brasileiros. O Brasil precisa de uma mudança de rumo, de uma revolução. O crescimento econômico se mostrou insuficiente para derrubar os muros; uma revolução social nos moldes antigos está fora de questão. O único caminho para reorientar o futuro e criar uma nação sem desigualdade e sem atraso está em uma revolução que comece pela educação da primeira infância e chegue à consolidação de um forte aparato científico e tecnológico. Uma revolução com o lápis substituindo o fuzil; escolas no lugar de trincheiras; professores, em vez de guerrilheiros; que distribua conhecimento, em vez de concentrar capital nas mãos do Estado; que tenha a infância, e não o proletariado, como os portadores do futuro. Uma Revolução Doce. É possível iniciar essa revolução no Brasil de hoje. Para tanto, são necessárias dez ações: 1) Concentrar o trabalho do MEC na educação de base -pré-escola, ensino fundamental e médio-, transferindo o ensino superior para o Ministério da Ciência e Tecnologia; e criar uma agência federal de proteção da criança. Assim, a União se comprometeria com o processo da educação básica, desde a primeira infância. 2) Garantir vaga na escola mais próxima de sua casa, para cada criança, no dia em que fizer quatro anos; e determinar a obrigatoriedade do ensino médio, ampliado para quatro anos e garantindo formação profissional. 3) Definir três pisos nacionais para a educação: um de salários, vinculado à formação e dedicação do professor, com a aprovação de um plano de cargos e salários dos professores, inclusive municipais e estaduais; um de padrão mínimo de equipamentos e instalações; e um de conteúdo mínimo de aprendizado de cada criança, em cada disciplina, em cada série. 4) Aprovar uma Lei de Diretrizes Educacionais, nos moldes da LDO, com metas a serem cumpridas em cada cidade e Estado, tais como universalização do ensino até o final do ensino médio, implantação do horário integral em todas as escolas e erradicação do analfabetismo. 5) Aprovar uma Lei de Responsabilidade Educacional, nos moldes da LRF, para punir cada dirigente executivo que descumpra as metas estabelecidas com a inelegibilidade futura. 6) Retomar a Secretaria para a Erradicação do Analfabetismo do MEC e seus programas, definindo o prazo de quatro anos para erradicar o analfabetismo de adultos. 7) Reformar o Bolsa Família, devolvendo-lhe o conceito de Bolsa-Escola, com vinculação educacional e administrativa ao MEC. 8) Refundar o sistema de ensino superior, ciência e tecnologia, definindo metas de curto e médio prazo, combinando a criação de conhecimento com as necessidades do país. 9) Criar, sob a liderança do presidente, um ambiente que desperte a prioridade à educação em todas as camadas da população, como fez JK para a industrialização. 10) Assegurar os recursos necessários no Orçamento para complementar os investimentos municipais e estaduais, para salário e formação de professores, reforma e equipamento de escolas, reservando, de início R$ 7 bilhões adicionais por ano, até chegar a R$ 20 bilhões, dentro de quatro ou cinco anos. Seria um percentual pequeno do Orçamento e traria a imediata redução de gastos, com a diminuição da repetência e a elevação da produtividade econômica, com o conseqüente aumento da arrecadação. Esses itens têm uma coisa em comum: a necessidade de uma revolução na mentalidade dos dirigentes nacionais, para que a educação passe a ser vista como o grande vetor do progresso. Essa mudança de mentalidade é o único empecilho real para essa doce revolução, da qual o Brasil tanto precisa e cujo início não pode mais adiar. Essa é a mensagem que tentei espalhar pelo país ao longo da campanha -e não pretendo parar por aqui. Como tive mais de 2,5 milhões de votos, só posso crer que estou no caminho certo.

Cristovam Buarque, doutor em economia, é senador pelo PDT-DF. Neste ano, concorreu à Presidência da República pelo PDT e ficou em quarto lugar.
Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo de domingo, 22 de outurbo.

Bugatti Veyron


Texto: Matt Stone
Fotos: Mark Bramley

Cada Bugatti Veyron, feito à mão, custa US$ 1,25 milhão (lá fora). Seu extraordinário motor W16 tem tantos cilindros e turbos quanto quatro Subaru Impreza WRX – e mais potência. O grande, malvado Bugatti acelera mais rápido que um carro da NASCAR e é mais veloz que uma máquina da Fórmula 1. Ainda assim, é dócil como um Lexus. Ele é o carro de produção em série mais rápido, mais veloz e mais caro jamais comercializado.O Veyron é a visão de um homem – Ferdinand Piëch, ex-presidente do grupo VW no mundo – e a Bugatti não ganhará nem um centavo com toda a produção antecipada de apenas 300 carros (50 por ano, no máximo, com aproximadamente um terço deles destinados aos EUA). Sua principal missão é ser a máquina de sonhos da marca, reintroduzindo essa lendária fabricante francesa no mercado em um estilo mais do que adequado. Comparações com Ferrari Enzo, Maserati MC12, Mercedes-Benz SLR e o McLaren F1 de uma década atrás são inevitáveis, mas irrelevantes. Esses carros incorporam o ethos (espírito) dos carros de corrida em exóticas máquinas de rua. O Veyron 16.4, ao contrário, foi concebido para ser o mais sensacional Gran Turismo (GT) de luxo do mundo, um carro que acaba empregando performance e tecnologia considerável de corrida para chegar lá. É uma diferença significativa. O Veyron na pistaEnquanto piloto o 16.4 através de um dos túneis da Sicília, na Itália, com 1,6 km de comprimento e o velocímetro bate nos 280 km/h, eu entendo qual é a sensação de uma bala de ponta oca viajando pelo cano longo de uma Magnum .44. Forças potentes me empurram para a frente, as luzes do túnel se tornam borrões e o rumor de subwoofer do W16 é maximizado pelas paredes de pedra. Aquele pontinho branco ali adiante representa o fim do cano e sair dele para a luz do dia produz a mesma descarga de luz que um tiro.Espremer o pedal do acelerador traz uma resposta controlada de mil (e um!) cv que precisa ser sentida para ser digna de crédito. Os quatro turbos e o sistema de gerenciamento do motor entregam potência na medida em que os pneus a agüentam e a gravidade empurra todos os órgãos internos para um mesmo lugar. Você desacelera a meros 100 km/h ou algo parecido apenas para poder acelerar de novo e fazer tudo outra vez.Mesmo assim, por toda a sua força bruta, há refinamento, sofisticação, suavidade. A condução é firme, mas mais flexível que a de qualquer outro superesportivo. Pegue uma pista irregular e não se ouve nenhum ruído mais seco, evidente em veículos de suspensão dura e uso intensivo de fibra de carbono. Barulhos de vento são admiravelmente baixos, ainda que o rumor produzido pelos pneus Michelin PAX feitos sob encomenda para o Veyron dependa do tipo de piso e condição.A direção bem calibrada responde rapidamente em baixas velocidades, mas mesmo quando almeja o infinito o Veyron se mantém sobre trilhos, em frente e avante. Há gerenciamento aerodinâmico quando o carro está em ação: painéis difusores móveis na dianteira, altura da suspensão ajustável conforme a velocidade, extratores de ar traseiros e um aerofólio traseiro que não está de brincadeira. Esses são itens obrigatórios para um carro que chega a 320 km/h com facilidade. Apesar de não ser permitido dirigir a mais de 400 km/h em estradas, a estabilidade do Bugatti em altas velocidades – um problema recorrente no início do desenvolvimento do carro – é impecável a velocidades sãs e até a insanas.O motor W16 de 8 litros é diferente de qualquer coisa que já tenha impulsionado um automóvel. Seu deslocamento cúbico e o quarteto de turbos bem gerenciado garantem que ele tenha potência em qualquer ponto da escala de rotação. Apesar dos números superlativos, ele não é um motor de rotações absurdas, como o V12 do Ferrari Enzo ou do McLaren F1. Ele ronca mais como um pequeno terremoto, cujos pontos na escala Richter podem ser controlados pelo pé direito. Ele começa com um zumbido, mantém a marcha-lenta como um Rolex e despeja potência suficiente para pregar sua espinha ao banco.Tão impressionante quanto o motor é a transmissão do Veyron. A caixa de marchas com duas embreagens do grupo Volkswagen, de trocas seqüenciais (Audi TT, VR6 e A3), foi superdimensionada para suportar essa montanha de potência e recebeu sete marchas para conseguir a proeza. As trocas são instantâneas, sem hesitações ou demoras comuns em outras caixas de embreagem automatizada. Reduções de marcha são igualmente excepcionais, acompanhadas pelo característico aumento de rotações do motor. A Ferrari já quer comprar o projeto.A cabine é recheada de materiais de boa aparência/toque/cheiro. Todas as coisas que parecem ser de alumínio com acabamento de cetim realmente são e o único opcional sem custo para o consumidor é a escolha de bancos “Comfort” ou “Sport”. Nós preferimos o último. Se há um ponto fraco é a visibilidade. Há um ponto cego do lado direito e a localização do vidro esquerdo não é a ideal. A tela de navegação é embutida no retrovisor interno – posição boa para a linha de visão – mas muito pequena. E o porta-malas dianteiro é do tamanho de uma caixa de sapatos, mas tem espaço suficiente para levar o vestido de coquetel de sua acompanhante, além de uma garrafa de champanhe Cristal.A Bugatti cumpriu cada uma das promessas que fez para o Veyron. Ele atende todos os critérios estabelecidos por Piëch quando ele foi anunciado e o faz com autoridade. Luxuoso, elegante, marcante, exclusivo, loucamente caro e enlouquecedoramente rápido, o Veyron estabelece um novo patamar para os veículos Grand Touring.

The New York Times Syndicate

Tradução de Gustavo Henrique Ruffo

Controle de vôo

Controle de vôo:profissão perigo

O tráfego aéreo no Estado de São Paulo está à beira de um colapso. A tecnologia atual é cheia de falhas, e as normas internacionais de segurança são desrespeitadas diariamente.
As condições de trabalho destroem a saúde dos controladores de vôo, aumentando ainda mais os riscos de acidentes.
Este quadro assustador é pintado pela pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Rita de Cássia Seixas Sampaio Araújo, de 44 anos, e confirmado por controladores de vôo ouvidos pelo JT.
Segundo ela, os aeroportos de São Paulo passam diariamente por situações de extremo risco, que são escondidas da opinião pública.
"Se nada for feito, o sistema atual deve entrar em colapso em, no máximo, três anos", aponta.
Nas atuais condições, segundo a pesquisadora, já seria de se esperar a ocorrência de um grande acidente aéreo por semana.
"Isso só não acontece, ainda, devido aos controladores de vôo, que se desdobram para trabalhar em condições que acabam com a sua saúde", diz.
A saúde dos controladores de vôo é o tema da tese de mestrado de Rita, aprovada anteontem na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
Durante três anos, ela pesquisou o centro de controle de aproximação (APP) de São Paulo, situado no aeroporto de Congonhas e responsável pelo tráfego entre os aeroportos da terminal São Paulo.
Essa área engloba aeroportos como os de Cumbica, Guarulhos, Viracopos, Campo de Marte, Sorocaba, Santos, entre outros.
Fora do aceitável os controladores locais têm a maior carga de trabalho do País, já que no terminal APP ocorrem diariamente 2 mil pousos e decolagens, cerca de 60% do tráfego aéreo nacional.
Ali, Rita descobriu que a carga de trabalho dos controladores vai muito além do que as normas internacionais consideram aceitável.
Pelas regras da Organização da Aviação Civil Internacional, nenhum controlador pode ficar responsável por mais de 6 aeronaves na tela do radar.
"Nos horários de pico, eles controlam até 15" conta Rita. Além disso, a distância mínima entre aeronaves no ar não vem sendo respeitada, aumentando o risco de colisões.
"Enquanto o recomendado é uma distância de 5 milhas, em São Paulo ela chega a 2 milhas."
Na APP São Paulo trabalham 96 controladores, mas deveriam ser, pelo menos, 120. O problema do baixo efetivo, segundo números fornecidos pela pesquisadora, é generalizado.
Nos últimos oito anos, o tráfego aéreo vem aumentando a uma média anual de 8%, sendo que, de 1998 para 1999, subiu 20,7%.
Enquanto isso, o número de controladores diminuiu 3% nos últimos oito anos, em todo o país.
Hoje, há 2.300 controladores no País. Para fugir aos baixos salários, a maioria trabalha em um segundo emprego , o que piora ainda mais as condições de estresse.
"Nós todos estamos doentes, e isso tem conseqüências no nosso trabalho", desabafa o suboficial (o equivalente a subtenente no Exército) Mário Celso Rodrigues, chefe de equipe no APP São Paulo e presidente da recém-fundada Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo do Estado de São Paulo.
"Houve um aumento absurdo no tráfego aéreo em São Paulo, sem um investimento tecnológico e humano que atendesse à demanda", afirma.
Entre as falhas técnicas mais graves, ele cita a manutenção dos radares, que considera inadequada.
"Por causa disso, os radares falham, e isso é inadmissível", diz. Rodrigues tem uma explicação pessoal para a falta de investimentos.
Ele lembra que o Brasil está se preparando para entrar num novo sistema computadorizado de controle aéreo, o CNS/ATM, a ser implantado mundialmente em 2010, e que permitirá aos aviões "voarem quase sozinhos".
"Penso que a aviação brasileira está tão preocupada em se adaptar ao novo sistema que deixou de lado o sistema atual", afirma.
A pesquisadora Rita de Cássia Seixas Sampaio Araújo teve um motivo muito forte para se interessar por segurança aérea.
Seu marido, Flávio de Araújo Filho, então com 40 anos, era um dos passageiros mortos com a queda do Fokker 100 da TAM, em 31 de outubro de 1996.
Mas sua pesquisa, faz questão de ressaltar, vai além das motivações pessoais: "Pesquiso saúde de trabalho há dez anos."
Uma das diretoras da associação de vítimas do acidente, Rita ficou indignada com o relatório oficial sobre o acidente, que atribuiu a queda do avião a erros do piloto.
"O sistema sempre prefere culpar uma pessoa, em vez de reconhecer suas falhas", afirma. O controle da Aeronáutica, com sua estrutura militarizada, sobre a aviação, é o grande problema apontado pela pesquisadora.
"A Aeronáutica é uma caixa-preta", afirma. "A sociedade não sabe os riscos que ocorrem no tráfego aéreo, e os próprios funcionários, por causa da burocracia, têm dificuldade de solucionar os problemas."
O controlador de vôo Sueyoshi Sasaki, de 41 anos, também reclama da burocracia. Ele descreve o trajeto de uma reclamação:
"A queixa de um controlador tem de ser levada ao chefe da equipe, que passa ao adjunto do órgão, que apresenta ao chefe do órgão, que repassa ao chefe do destacamento, para só aí chegar ao comando.
Isso, se não se perder no caminho." Procurado pela reportagem, o superintendente do Serviço Regional de Proteção ao Vôo, coronel Ricardo Nogueira, não se manifestou.
A vida Sasaki é um exemplo dos problemas enfrentados pelos controladores de vôo. Ele começou a trabalhar em 1986, monitorando os vôos em Congonhas.
Após nove anos de estresse, ficou hipertenso e teve uma trombose cerebral. Afastado dos radares, passou a gerenciar os horários de vôos.
"Tive de custear meu próprio tratamento", conta. Embora a Aeronáutica exija dos controladores uma bateria de exames médicos anuais, ela não se responsabiliza por nenhuma das doenças detectadas em controladores civis.
Os militares, que contam com o atendimento médico da Aeronáutica, também são vítimas dos mesmos problemas.
"Além de problemas de estômago, o trabalho me trouxe desequilíbrio emocional e dificuldades de relacionamento", confessa o suboficial Mário Celso Rodrigues.
O salário médio de um controlador é de R$ 1.400, contra os US$ 7 mil dos controladores americanos. "Ser controlador de vôo no Brasil é coisa de super-herói", resume Sasaki.

Agência Estado (em 13 de dezembro de 2000).

Uma Escola diferente

Educador português conta como é a Escola da Ponte, em que não há turmas, e diz que quem quer inovar deve ter mais interrogações que certezas.

Especialista em Música e em Leitura e Escrita, José Pacheco, de 52 anos, coordena desde 1976 a Escola da Ponte, instituição pública que se notabilizou pelo projeto educativo inovador, baseado na autonomia dos estudantes. O educador português, que se diz "um louco com noções de prática", é mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.



José Pacheco não é o primeiro — e nem será o último — a desejar uma escola que fuja do modelo tradicional. Ao contrário de muitos, no entanto, o educador português pode se orgulhar por ter transformado seu sonho em realidade. Há 28 anos ele coordena a Escola da Ponte. Apesar de fazer parte da rede pública portuguesa, a escola de ensino básico, localizada a 30 quilômetros da cidade do Porto, em nada se parece com as demais.

A Ponte não segue um sistema baseado em seriação ou ciclos e seus professores não são responsáveis por uma disciplina ou por uma turma específicas. As crianças e os adolescentes que lá estudam — muitos deles violentos, transferidos de outras instituições — definem quais são suas áreas de interesse e desenvolvem projetos de pesquisa, tanto em grupo como individuais.
A cada ano, as crianças e os jovens criam as regras de convivência que serão seguidas inclusive por educadores e familiares. É fácil prever que problemas de adaptação acontecem. Há professores que vão embora e alunos que estranham tanta liberdade. Nada, no entanto, que faça a equipe desanimar.
O sistema tem se mostrado viável por pelo menos dois motivos: primeiro, porque os educadores estão abertos a mudanças; segundo, porque as famílias dos alunos apóiam e defendem a escola idealizada por Pacheco.
Quando jovem, esse educador de fala mansa não pensava em lecionar. Queria ser engenheiro eletrônico. Mas uma questão o inquietava: por que a escola ainda reproduzia um modelo criado há 200 anos? Na busca por uma resposta, se apaixonou pelo magistério. "Percebi que na engenharia teria menos a descobrir, enquanto na educação ainda estava tudo por fazer." Desse "tudo" de que tem se incumbido o professor Zé, como gosta de ser chamado, é que trata a entrevista a seguir, concedida à ESCOLA em São Paulo.
A Escola da Ponte é bem diferente das tradicionais. Como ela funciona?
Lá não há séries, ciclos, turmas, anos, manuais, testes e aulas. Os alunos se agrupam de acordo com os interesses comuns para desenvolver projetos de pesquisa. Há também os estudos individuais, depois compartilhados com os colegas. Os estudantes podem recorrer a qualquer professor para solicitar suas respostas. Se eles não conseguem responder, os encaminham a um especialista.
Existem salas de aula?
Não há salas de aula, e sim lugares onde cada aluno procura pessoas, ferramentas e soluções, testa seus conhecimentos e convive com os outros. São os espaços educativos. Hoje, eles estão designados por área. Na humanística, por exemplo, estuda-se História e Geografia; no pavilhão das ciências fica o material sobre Matemática; e o central abriga a Educação Artística e a Tecnológica.
A arquitetura mudou para acompanhar o sistema de ensino?
Não. Aliás, isso é um problema. Nosso sonho é um prédio com outro conceito de espaço. Temos uma maquete feita por 12 arquitetos, ex-alunos que conhecem bem a proposta da escola. Esse projeto inclui uma área que chamo de centro da descoberta, onde compartilharemos o que sabemos. Há também pequenos nichos hexagonais, destinados aos pequenos grupos e às tarefas individuais. Estão previstas ainda amplas avenidas e alguns cursos d’água, onde se possa mergulhar os pés para conversar, além de um lugar para cochilar. As novas tecnologias da informação devem estar espalhadas por todos os lados para ser democraticamente utilizadas pela comunidade, o que já conseguimos.
Os professores precisam de formação específica para lecionar lá?
Não. Eles têm a mesma formação que os de outras instituições. O diferencial é que sentem uma inquietação quanto à educação e admitem existir outras lógicas. Nossa escola é a única no país que pode escolher o corpo docente. Os candidatos aparecem geralmente como visitantes e perguntam o que é preciso para dar aulas lá. Digo apenas para deixarem o nome. No fim de cada ano fazemos contato. Hoje somos 27, cada um com suas especializações.
Como os novos professores se adaptam à proposta da escola?
Há profissionais que estiveram sozinhos em sala durante anos e quando chegam constatam que sua formação e experiência servem para nada. De cada dez que entram, um não agüenta. Outros desertam e regressam depois. Mas nós também, por vezes, temos que nos adaptar. Há dois anos recebemos muitas crianças e professores novos, não familiarizados com a nossa proposta. Apenas a quinta parte do corpo docente já estava lá quando isso aconteceu. Passamos a conviver com mestres que sabiam dar aula e estudantes que sabiam fazer cópias. Foi necessário dar dois ou três passos para trás para que depois caminhássemos todos juntos. Precisamos aceitar o que os outros trazem e esperar que eles acreditem em nossas idéias. Essa é a terceira vez que passamos por isso.
Qual o perfil dos alunos atendidos pela Escola da Ponte?
Eles têm entre 5 e 17 anos. Cerca de 50 (um quarto do total) chegaram extremamente violentos, com diagnósticos psiquiátricos e psicológicos. As instituições de inserção social que acolhem crianças e jovens órfãos os encaminham para as escolas públicas. Normalmente eles acabam isolados no fundo da classe e, posteriormente, são encaminhados para nós. No primeiro dia, chegam dando pontapés, gritando, insultando, atirando pedras. Algum tempo depois desistem de ser maus, como dizem, e admitem uma das duas hipóteses: ser bom ou ser bom.
Como os estudantes vindos de outras escolas se integram a um sistema tão diferente?
Não é fácil. Há crianças e jovens que chegam e não sabem o que é trabalhar em grupo. Não conhecem a liberdade, e sim, a permissividade. Não sabem o que é solidariedade, somente a competitividade. São ótimos, mas ainda não têm a cultura que cultivamos. Quando deparam com a possibilidade de definir as regras de convivência que serão seguidas por todos ou não decidem nada ou o fazem de forma pouco ponderada. Em tempos de crise, como agora, em que muitos estão nessa situação, precisamos ser mais diretivos. Só para citar um exemplo, recebemos um garoto de 15 anos que tinha agredido seu professor e o deixado em estado de coma. Como um jovem assim pode, de imediato, participar da elaboração de um sistema de direitos e deveres?
A escola nem sempre seguiu uma proposta inovadora. Como ocorreu a transformação?
Até 1976, a escola era igual a qualquer outra de 1ª a 4ª série. Cada professor ficava em sua sala, isolado com sua turma e seus métodos. Não havia comunicação ou projeto comum. O trabalho escolar era baseado na repetição de lições, na passividade. Naquele ano, havia três educadores e 90 estudantes. Em vez de cada docente adotar uma turma de 30, juntamos todos. Nosso objetivo era promover a autonomia e a solidariedade. Antes disso, porém, chamamos os pais, explicamos o nosso projeto e perguntamos o que pensavam sobre o assunto. Eles nos apoiaram e defendem o modelo até hoje.
Qual é a relação dos pais com a escola?
Eles participam conosco de todas as decisões. Se nos rejeitarem, teremos de procurar emprego em outro lugar. Também defendem a escola perante o governo. Neste momento, os pais estão em conflito com o Ministério da Educação. Ao longo desses quase 30 anos, quiseram acabar com nosso projeto. Eu, como funcionário público, sigo um regime disciplinar que me impede de tomar posições que transgridam a lei, mas o ministro não tem poder hierárquico sobre as famílias. Portanto, se o governo discordar de tudo aquilo que fazemos, defronta-se com este obstáculo: os pais. Eles são a garantia de que o projeto vai continuar.
Como sua escola é vista em Portugal?
Há uma grande resistência em aceitar o nosso modelo, que é baseado em três grandes valores: a liberdade, a responsabilidade e a solidariedade. Algumas pessoas consideram que todos precisam ser iguais e que ninguém tem direito a pensamento e ação divergentes. Há quem rejeite a proposta por preconceito, mas isso nós compreedemos porque também temos os nossos. A diferença é que nós nunca colocamos em cheque o trabalho dos outros. Consideramos que quem nos ataca faz isso porque não foi nosso aluno e não aprendeu a respeitar o ponto de vista alheio.
Qual é o segredo de sucesso da proposta seguida pela Ponte?
Nós acreditamos que um projeto como o nosso só é viável quando todos reconhecem os objetivos comuns e se conhecem. Isso não significa apenas saber o nome, e sim ter intimidade, como em uma família. É nesse ponto que o projeto se distingue. O viver em uma escola é um sentimento de cumplicidade, de amor fraterno. Todos que nos visitam dizem que ficam impressionados com o olhar das pessoas que ali estão, com o afeto e a palavra terna que trocam entre si. Não sei se estou falando de educação ou da minha escola, mas é isso o que acontece lá.
O modelo da Escola da Ponte pode ser seguido por outras escolas?
Não defendo modelos. A Escola da Ponte fez o que as outras devem e podem fazer, que é produzir sínteses e não se engajar em um único padrão. Não inventamos nada. Estamos em um ponto de redundância teórica. Há muitas correntes e quem quer fazer diferente tem de ter mais interrogações do que certezas. Considero que na educação tudo já está inventado. A Escola da Ponte não é duplicável e não há, felizmente, clonagem de projetos educacionais.
Hoje a escola pode funcionar sem o senhor?
Fui e continuo sendo um intermediário. Não tenho mérito por isso, apenas cumpro a minha missão. Vou me afastar dentro de um ano e estou amargamente antecipando essa despedida. Todo pai tem de deixar o filho andar por si próprio e, nesse momento, a Ponte caminha sozinha. Depois quero continuar desassossegando os espíritos em lugares onde há gente generosa, que só precisa de um louco com a noção da prática, como eu. Agora ninguém pode dizer que uma experiência como a da Escola da Ponte não aconteceu, porque ela existe e provamos que é possível.

Fonte: site Escola

28.10.06

São Judas Tadeu


São Judas Tadeu - Comemoração: 28 de outubro

Primo de Jesus, foi um dos doze apóstolos, chamado de Tadeu (João 14,22). Irmão de Tiago Menor, pode ter sido pescador no princípio de sua vida. Escreveu a Epístola de Judas no Novo Testamento, cerca de 90 da nossa era, e, pelos termos como a redigiu, parece dirigir-se a todos os fiéis; na realidade, deveria ser endereçada aos judeus-cristãos da Palestina. Ele pregou o Evangelho na Armênia, Mesopotâmia, Arábia, Síria e Pérsia. Foi martirizado na Pérsia, com setas ou azagaias. Alguns textos informam que teria sido martirizado na cruz, juntamente com São Simão. Venerado na Idade Média, seu nome era freqüentemente confundido com o de Judas Iscariotes, o traidor de Jesus. Por isso, ninguém o invocava para nada. Quem o fazia (e geralmente em último caso, numa situação desesperadora) obtinha a graça. Suas relíquias foram levadas para Roma no século VII, ou VIII, e estão na Basílica de São Pedro, em Roma, juntamente com as de São Simão. No Evangelho de São João aparece uma passagem de São Judas com Jesus. Como discípulo do mestre na Última Ceia, ele perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?". Jesus respondeu-lhe que isto devia-se a que suas palavras necessitariam ser guardadas como prova de amor. Atualmente São Judas Tadeu é invocado para socorrer as pessoas nos mais desesperados dilemas. É considerado o "advogado das causas impossíveis" e dos supremos momentos de angústia. No Brasil, a devoção ao santo começou no inicio do séc. XX.
Comemoração: 28 de outubro
Padroados: Aflitos, advogados e desesperados
Protege: Angustiados, desanimados, desempregados, os que acham que sua causa está perdida e os que têm esperança
Emblema: Remo, âncora, seta ou azagaia

24.10.06

COMO CONTESTAR ESTATÍSTICAS

As informações que serão apresentadas aqui são provenientes do livro "Como Mentir com Estatística", de Darrell Huff, com pequenos acréscimos (geralmente exemplos).

O objetivo é desmistificar muitas das idéias pré-concebidas sobre estatísticas, evitando que o "fascínio" por números e percentagens (ou a ignorância sobre como eles foram produzidos) turvem o senso crítico das pessoas.
Nem todas as estatísticas veiculadas ao público (principalmente pela mídia) estão erradas ou merecem ser consideradas com suspeição, mas muitas vezes as informações são apresentadas de forma tão incompleta que se torna difícil acreditar nelas.
Para verificar a validade de uma estatística, seja ela veiculada em um jornal de grande circulação, na TV, ou em uma revista especializada, você deve fazer cinco perguntas:
Quem é que diz isso?
Procure sempre saber quem está divulgando a estatística: pode ser uma empresa no meio de uma negociação de salários, ou um sindicato na mesma situação, ou um laboratório "independente" que precisa mostrar resultados, ou simplesmente um jornal atrás de uma boa matéria.
Uma empresa americana declarou que os salários no segundo semestre de um ano estavam muito acima daqueles pagos no início do ano, portanto não era hora do sindicato pedir um aumento. O que a empresa "esqueceu" de dizer é que no início do ano havia uma grande quantidade de trabalhadores de meio-período, e que estes passaram a cumprir turno integral a partir do segundo trimestre do ano, sendo assim seus salários teriam que forçosamente subir, mas isso não implica que os salários tenham "melhorado realmente".
Procure os viesamentos, deliberados ou inconscientes, aplicados aos resultados. Quando ouvir "pesquisa feita por médicos americanos revela..." tome cuidado: que médicos são estes? Cuidado com as declarações do tipo "Universidade de Harvard descobriu que...". Verifique se realmente há pessoas qualificadas da "instituição de prestígio" em questão divulgando as descobertas.
Em 1994 foi divulgado um relatório otimista sobre o número de árvores nos Estados Unidos: os peritos chegaram à conclusão que havia muito mais árvores em 1994 do que houvera em 1894 (cem anos antes). Fonte do levantamento: o equivalente a uma associação de madeireiras... Onde está o viés? Está na definição de "árvore": os peritos consideraram "árvore" tanto uma sequóia centenária de 100 metros de altura quanto uma muda de Pinus plantada há pouco...
Como é que ele sabe?

Como aqueles que estão divulgando a estatística obtiveram a informação? Se a estatística foi obtida através de uma amostra procure indícios de viesamento: uma amostra selecionada indevidamente, ou que não seja grande o bastante para permitir uma conclusão confiável.
Um caso típico de amostra selecionada indevidamente são as estatísticas resultantes de pesquisas feitas pelo correio: o pesquisador envia pelo correio questionários aos entrevistados, solicitando que eles os preencham e devolvam. Faça a si mesmo esta pergunta: "quantos questionários eu já recebi pelo correio e quantos eu já respondi"? Neste tipo de procedimento de pesquisa o percentual de pessoas ou organizações que efetivamente respondem aos questionários costuma ser muito reduzido, de modo que esses resultados não podem ser considerados representativos.
Quanto às pequenas amostras é necessário maior cautela ainda. Utilizando uma pequena amostra o resultado obtido pode ter ocorrido totalmente POR ACASO! O pesquisador pode ter tomado todos os cuidados, selecionado os elementos da amostra com critério e portar-se com a maior honestidade imaginável, mas a chance de um resultado "por acaso" é muito alta. Quando a amostra é suficientemente grande este risco persiste, mas a probabilidade de sua ocorrência reduz-se drasticamente. Se alguém diz a você que após tratar dez ratos diabéticos com certa erva medicinal,a sua taxa de glicose baixou 2,4%, e que com isso foi provadoestatisticamente que a erva auxilia no tratamento do diabetes, o que você fará? Observe o tamanho da amostra (apenas dez ratos) e a redução obtida (que nesta amostra poderia ter ocorrido totalmente por acaso).
Um dos casos mais intrigantes para nós brasileiros é o resultado de uma pesquisa eleitoral. É plenamente possível obter resultados confiáveis utilizando metodologias de amostragem e tratamento de dados adequadas. Mas não se esqueça que há uma variação em torno dos percentuais (mais ou menos 5%), e que há uma pequena probabilidade (geralmente da ordem de 5%) de que o valor "verdadeiro" do percentual não esteja naquele intervalo.
O que é que está faltando?
Alguma coisa sobre isso já foi discutido nos itens anteriores. Muitas vezes o tamanho da amostra utilizada, ou o perfil dos seus elementos sequer é divulgado. Há casos em que os número brutos são suprimidos e apenas os percentuais são apresentados, em outros casos é justamente o contrário. As condições que podem ter levado aos resultados também costumam ser suprimidas.
Se alguém diz que 33,33% (percentual) das mulheres de um curso casaram-se com professores você poderia ter uma má impressão destas moças. Mas se alguém diz que das três mulheres (dados brutos) deste curso uma delas casou-se com um professor o efeito já não será tão grande.
Um jornal afirma que a safra de um ano é quatro vezes maior do que a do ano anterior, o que evidencia a produtividade e o trabalho do homem do campo! Nada contra o homem do campo (que trabalha muito e ganha pouco), mas o jornal pode ter se esquecido de dizer que no ano anterior houve uma enchente que dizimou cerca de 80% da safra prevista, o que torna o ano totalmente inadequado para servir como base para o cálculo.
"Podemos mensurar o aumento da violência pela comparação entre o número de estupros de hoje e o de vinte anos atrás". Qualquer um sabe que a violência está aumentando, mas talvez o número de estupros fosse maior há vinte anos, quando as mulheres sentiam-se muito mais constrangidas em denunciar seus agressores e preferissem o silêncio. Com o passar do tempo, e com a conscientização o número de denúncias aumentou, não necessariamente indicando que a violência aumentou por causa disso... Cuidado com as correlações: identificar que duas variáveis caminham na mesma direção ou em direções opostas NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE que a variação de uma causou a da outra (podem haver outras variáveis influenciando ambas).
Alguém mudou de assunto?
Se alguém constata que o número de casos comunicados de uma doença aumentou e diz que o número de casos ocorridos da doença aumentou (veja o que uma única palavra pode causar) está mudando de assunto. Algumas pessoas mais impressionáveis poderiam pensar que há uma epidemia, ao invés de uma maior precisão nos diagnósticos que agora classificam como câncer de mama o que antes era "mal de peito".
Uma pesquisa eleitoral, por mais bem conduzida que seja, não indica em quem as pessoas realmente vão votar, mas em quem elas dizem que vão votar naquele momento (alguém que se diz indeciso pode já ter o seu candidato escolhido desde o berço, outro que afirma votar na situação assim procede por ser funcionário público, etc). Assim, se você faz uma pesquisa entre advogados e descobre que eles se acham mal remunerados por seus serviços, e você divulga que os profissionais liberais (incluindo nesta categoria várias outras profissões) se acham mal remunerados você está mudando de assunto.
"A 'população' de uma grande área da China era de 28 milhões. Cinco anos depois chegava a 105 milhões. Muito pouco desse aumento era real. A grande diferença só pôde ser explicada levando-se em conta as finalidades das duas coletas censitárias e a maneira como as pessoas se sentiram ao serem contadas em cada caso. O primeiro censo foi para fins de tributação e serviço militar; o segundo para ajuda em caso de fome".
Isso faz sentido?
Será que o resultado divulgado de uma estatística faz sentido? Será que analisando os resultados sem se deixar impressionar pelas casas decimais e percentuais os resultados são "lógicos"? Avaliar com bom senso se a estatística se coaduna com os fatos ao seu redor pode nos proteger de cair em muitas falácias.
Logo após a primeira crise do petróleo, em 1973, calculava-se que em 1985 o preço do barril estaria por volta de US$ 80. Sendo assim, muitas formas de energia alternativa foram desenvolvidas tendo em mente aquele valor, acreditando que aquela tendência de crescimento seria mantida, o que não aconteceu: o preço do barril despencou em 1986 e as formas "alternativas" tornaram-se economicamente inviáveis (o que não quer dizer que também o sejam por outros critérios).
Usar tendências antigas, observadas em épocas em que o mundo era muito diferente do que é hoje é extremamente perigoso. Você acha que o Brasil de 1980 é o mesmo Brasil de 1997? A definição de "família padrão" em 1960 continua válida hoje? Extrapolar tais tendências e acreditar que tais conclusões são válidas é, no mínimo, ingênuo.
Estatísticas do tipo para cada dez brasileiros dois têm diabetes: isso significa para uma população de 150 milhões de habitantes 30 milhões de diabéticos! Se for verdade possivelmente não haverá insulina suficiente no país inteiro para tratar tanta gente...

23.10.06

Desenvolvimento Sustentável

Lançamento do Guia de Compras Públicas Sustentáveis - uso do Poder de Compra do Governo para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável.

27/10/2006Auditório da EAESP-FGV – Av. 9 de Julho, 2029, São Paulo – SP. Estacionamento recomendado: ICO - R. Dr. Plínio Barreto, 285 (ao lado da FECOMÉRCIO)
Uma parceria entre o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP (GVces) e o ICLEI – LACS, o Guia de Compras Públicas Sustentáveis é um instrumento que busca apoiar e estimular as autoridades públicas no Brasil, por meio dos agentes atuantes nas operações de licitação, para que promovam decisões responsáveis em respeito aos direitos socioambientais.

Ao disponibilizar dados e informações que emprestam um novo sentido às compras governamentais, o sistema de licitação se transforma em uma ferramenta importante e eficiente de promoção do desenvolvimento sustentável na esfera pública, com repercussão direta na iniciativa privada. Ao capacitar gestores públicos, fomentar a adoção de políticas públicas e estimular o debate a respeito da sustentabilidade do sistema produtivo e dos hábitos de consumo de entidades públicas e privadas, bem como de cidadãos, chegaremos ao objetivo da elaboração deste manual.

Fonte: FGV/GVces- Centro de Estudos em Sustentabilidade da EAESP

A última esperança

A última esperança

A última esperança de vitória dos que cercam Alckmin mais de perto é de que se cumpra o vaticínio de Maurício, um sensitivo que mora em São Paulo, mas que é amigo em Brasília da empresária do ramo imobiliário Vera Brandt, ex-confidente de Juscelino Kubitschek, namorada fugaz de Darcy Ribeiro, amiga de Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e de outras cabeças coroadas da resistência à ditadura militar de 64.

Antes do primeiro turno, Maurício garantiu a Vera e a quem mais se dispôs a ouvi-lo que Lula não se reelegerá. Renovou a garantia há mais ou menos 10 dias na presença de alguns coordenadores da campanha de Alckmin e do senador José Jorge (PFL-PE), candidato a vice.

Ricardo Noblat

Centenário do vôo do 14 Bis


SANTOS-DUMONT - UM BRASILEIRO

Como a maior parte do povo do Brasil, Alberto Santos-Dumont (1873-1932) era descendente de imigrantes. Um brasileiro típico.
Era neto de franceses, por parte de pai, e bisneto de portugueses, por parte de mãe.
Sempre evidenciou o seu orgulho de ser brasileiro. Considerava serem mérito do Brasil as suas conquistas ímpares para a humanidade.

A primazia do Vôo autônomo

A principal conquista de Santos-Dumont foi ser o primeiro homem no mundo a voar em aparelho mais pesado que o ar utilizando unicamente os recursos do próprio aparelho, sem auxílios externos.
Foi o primeiro a construir e pilotar avião que, usando apenas os meios de bordo, cumpriu todos os requisitos básicos de vôo: táxi, decolagem,vôo nivelado e pouso.
Além disso, foi o primeiro que isso demonstrou em público. Seu vôo pioneiro contou com o testemunho de multidão, a filmagem por companhia cinematográfica e o reconhecimento e a homologação do órgão oficial de aviação da época, L’Aéro-Club de France.
O vôo histórico aconteceu há cem anos, em 23 de outubro de 1906, com o 14-bis, em Bagatelle, Paris, França.

14-bis

DIMENSÕES E DETALHES

Por que esse nome estranho? Essa denominação adveio do fato de Santos-Dumont, na 1ª fase do desenvolvimento, ensaiar o novo aparelho acoplando-o ao seu balão-dirigível nº 14.
Como era o 14-bis? Seguem alguns dados técnicos sobre o histórico aparelho .

Envergadura:12 m; comprimento: 10 m; altura: 4,80 m; superfície das asas: 80 m²; corda (largura) das asas: 2,5 m; separação entre os dois planos das asas: 1,5 m; conjunto estabilizador/profundor/leme de direção (simplificadamente, “lemes”): 3 m de largura, 2 m de comprimento e 1,5 m de altura; articulação dos “lemes” a 8 m da nacele; distância lateral entre as rodas: 0,70 m; hélice de 2 pás, com 2,5 m de diâmetro; peso total do avião: 160 kg, não considerando o peso de Santos-Dumont (50 kg).
As asas eram formadas por seis “células de Hargrave”. Cada célula tinha a forma de cubo com duas faces vazadas. Os “lemes” compunham uma “célula de Hargrave”.
Todas as superfícies do 14-bis eram de seda japonesa; as armações, de bambu e pinho; as junções da estrutura e as hélices, de alumínio; e os cabos-de-comando, de aço.
Mais adiante, em “Vôos do 14-bis”, estão registrados detalhes sobre o motor.

“O 14-bis VOAVA DE COSTAS?”

Não. A forma do 14-bis, a qual veio a ser batizada em aviação como “canard” (pato, em francês), dá essa impressão, por apresentar os lemes na parte dianteira do avião. Ela, ressalta-se, foi bem escolhida por Santos-Dumont para vencer o desafio de alçar vôo.
Como a intenção principal de Santos-Dumont era o 14-bis conseguir sustentar-se no ar, o ideal era obter o máximo de sustentação positiva (para cima), tanto na asa como no conjunto estabilizador/profundor (“leme horizontal”). A configuração “canard” propicia isso na decolagem. (OBS: “sustentação” significa a resultante das forças aerodinâmicas sobre uma superfície).
Se Santos-Dumont optasse por colocar o conjunto na traseira da fuselagem (como hoje é usual), haveria a necessidade de o leme horizontal ter sustentação negativa (para baixo) para fazer o avião “cabrar” (levantar o nariz) na decolagem. Desse modo, a soma das sustentações, a da asa e a do leme, seria menor do que a resultante obtida quando as duas referidas sustentações apontam para cima, como era o caso na decolagem do 14-bis.
Assim, foi inteligentemente definida por Santos-Dumont a forma do 14-bis para aquele desafio de voar.
Contudo, a configuração “canard” não é a melhor para a estabilidade e o controle de um aeroplano, sendo por isso menos usada posteriormente. Nos seus inventos seguintes, como os aviões nº 15 e Demoiselle, Santos-Dumont não mais usou aquela configuração.

VÔOS do 14-bis

O Prêmio Archdeacon, estabelecido em julho de 1906, estimulou os inventores do mundo para a realização do primeiro vôo autônomo de mais de 25 m com aparelho mais pesado que o ar.
Santos-Dumont, que até então se destacara com os “mais leves que o ar” (balões livres e balões-dirigíveis), resolveu competir.
Em 18/07/1906, concluiu o 14-bis, cuja concepção e desenvolvimento estava sendo por ele maturada sem publicidade há algum tempo. Em 23 de julho, ensaiou em público, em Bois de Boulogne, Paris, o novo avião preso ao balão-dirigível nº 14. A partir de 21 de agosto, passou a experimentá-lo separado do dirigível.
O 14-bis estava, inicialmente, equipado com um motor de apenas 24 Hp, a gasolina, tipo Antoinette, com 8 cilindros (4x4, em “V”), construído por León Levavasseur. Santos-Dumont percebeu estar o avião submotorizado.

1907- ÚLTIMO VÔO DO 14-bis

Após os históricos vôos de 23 de outubro e de 12 de novembro de 1906, Santos-Dumont ainda realizou outros pequenos vôos com o 14-bis. Cinco meses depois, encerrou os ensaios com o famoso aparelho. Em 4 de abril de 1907, no campo da Escola Militar, em Saint Cyr, Paris, depois de vôo da ordem de 30 m, pousou bruscamente, tocando com a asa esquerda no solo e danificando definitivamente o famoso avião. Uma semana antes, 27 de março, Santos-Dumont já havia sofrido no mesmo local outro sério acidente com o seu novo projeto de biplano, o nº 15, equipado com motor de 100 HP, asas de madeira compensada e leme de direção na cauda, configuração não mais “canard”. Esse novo avião não voou. Foi destruído em uma tentativa de decolagem.

Santos-Dumont foi um gênio em múltiplas atividades. É impressionante Santos-Dumont ter sido, ao mesmo tempo, o genial inventor, o inteligente construtor dos próprios inventos -, surpreendentemente simples, eficientes e leves - o corajoso piloto de provas de seus artefatos futuristas inusitados e o competidor vencedor. Competiu em corridas de carros, de triciclos, em provas de balões livres, em desafios de dirigibilidade de balões e de vôo do mais pesado que o ar.
Santos-Dumont, na persistente busca da realização do seu objetivo maior, voar, tornou-se homem culto. Com boa base de conhecimentos gerais adquirida na infância e na adolescência, dedicou-se aos estudos de física, eletricidade, química, mecânica. Dominava os idiomas francês, inglês, espanhol, além do português. Em 1931, pelo valor da sua obra literária sobre seus inventos e experiências, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (na vaga de Graça Aranha; cadeira nº 38), não tomando posse do cargo.
Em cerca de doze anos de atividades intensas (1898 a 1909), Santos-Dumont produziu um invento importante a cada seis meses, em média. Sua rapidez de concepção e de produção de inovações tecnológicas foi extraordinária e ainda seria impressionante nos dias atuais.
Naquele período, concebeu, projetou, construiu (com recursos próprios), testou (com reais e constantes riscos de morte) dois balões, doze dirigíveis e três tipos de aviões, entre outros inventos e pesquisas, como a do helicóptero e a do deslizador aquático.
Em cada um dos projetos, incorporou muitas de suas dezenas de invenções, como mecanismos de controle de vôo, equipamento auxiliar de partida do motor, e muitos outros. Pela primeira vez em aviação, utilizou o motor a petróleo e materiais como o alumínio e cordas de piano (em lugar de cordas de fibra vegetal, então usadas). Concebeu e construiu, em 1899, o primeiro hangar do mundo. Esse hangar trazia a inovação de um simples e preciso sistema deslizante de movimentação de suas grandes e pesadas portas, mais de 4 toneladas cada uma. Uma criança as abria com facilidade.
Para alcançar maiores potência e leveza em seus inventos, projetou, desenvolveu e construiu motores inovadores, como o de dois cilindros superpostos em apenas uma biela e um cárter, que utilizou no balão-dirigível nº1, e o de cilindros horizontais e opostos, configuração hoje comumente utilizada, que empregou no “Demoiselle”.
Para construir esse motor do Demoiselle, Santos-Dumont usou instalações e maquinários da fábrica francesa Darracq. Essa empresa quis usufruir da patente. Santos-Dumont, pela primeira e única vez, entrou na Justiça reivindicando os seus direitos de autoria. Ganhou a causa e também colocou aquela sua invenção para o domínio público.
Santos-Dumont presenteou para todos, sem nada cobrar, todas as suas dezenas de invenções. Esse altruísmo era apenas uma das muitas e belas facetas do seu caráter exemplar. Com princípios puros, dedicou sua obra à Humanidade. Santos-Dumont é herói brasileiro irrepreensível nos campos ético e moral.

Por tudo isso, sacrificou a sua vida. Tardiamente, pensou nele mesmo. Segundo relato de Gabriel Voisin na revista francesa “Pioniers” (jan/1967), Santos-Dumont, aos 50 anos, apaixonou-se pela filha daquele seu grande amigo, acanhadamente pedindo-a em casamento em 1926. A diferença de idade (a moça tinha 17 anos) inviabilizou a união.
Desde os 40 anos de vida, envelhecido prematuramente, pouco a pouco ficou mais evidente que Santos-Dumont padecia de doença não muito conhecida na época. Hoje, com o avanço da medicina, provavelmente ela seria diagnosticada como depressão, tratável com medicamentos. Cada vez mais recluso, com tristeza, angústia, remorso, sentia-se culpado da guerra aérea, dos acidentes aeronáuticos. Na maioria dos casos, a depressão resulta da interação entre uma predisposição genética e fatores ambientais, como traumas emocionais e o estresse, os quais, por certo, estiveram fortemente presentes na sua obcecada, tensa, destemida e acidentada vida. É comum o suicídio em sofredores dessa doença, quando não medicados. Santos-Dumont assim morreu em 23 de julho de 1932, aos 59 anos.

Fonte: Página Oficial da Comissão Interministerial para as Comemorações do Centenário do Vôo do 14 Bis 1906-2006.

21.10.06

Salão do Automóvel I


Carro Anfíbio



Anfíbio - Sapo na praia de paulista

Veículos - Estado de Minas

Desenvolvido para andar tanto na terra quanto na água, Splash se exibe no país. Protótipo suíço quebrou recorde de velocidade na travessia do Canal da Mancha.

O Splash, um protótipo da preparadora suíça Rinspeed, faz bonito na terra e - por absurdo que pareça - na água, desde 2004, na Europa. No início deste mês, o anfíbio aportou em terras paulistas para ser uma das estrelas do São Paulo Boat Show, que terminou na semana passada. Com o predicado de recordista mundial de velocidade na travessia do Canal da Mancha, o carro exibiu sua polivalência na Represa de Guarapiranga, na capital paulista.
Pojetado por Frank Rinderknecht, que é fundador da Rinspeed, uma pequena montadora que fabrica carros terrestres e lanchas de alta performance, o Splash foi conduzido pelo criador no episódio que lhe rendeu um verbete no Guinness Book. No dia 26 de julho, o protótipo saiu de Dover, no Reino Unido, e levou 193 minutos e 47 segundos para chegar à cidade francesa de Sangatte. O recorde, entretanto, vale apenas para carros com hidrofólios. O apetrecho fica embutido na carroceria e amplia a velocidade. Segundo o fabricante, com os hidrofólios acionados é possível desenvolver 80 km/h, mas sem eles a velocidade cai para 50 km/h.EsportivoAntes de cair na água, o Splash é um esportivo com 3,76m de comprimento e 1,23m de altura, rodas de aro 17 na dianteira e aro 18 na traseira. Equipado com um motor Weber MPE 750, de 750cm³ de cilindrada e dois cilindros, com duas válvulas cada. Apesar do tamanho reduzido, o turbo faz com que o propulsor renda 141cv e leva o bólido até os 200km/h de velocidade máxima na terra. O segredo para o rendimento não é a tração traseira e nem os pneus de perfis baixos, mas os meros 825kg de peso. Isso se deve à carroceria feita em fibra de carbono.Com câmbio de seis marchas e mais uma alavanca para acionar os propulsores, o interior conta com bancos em concha impermeáveis, volante que é uma mistura de timão com volante convencional e um aparelho de GPS. O motor é bicombustível e aceita tanto gasolina com alta octanagem como gás natural.

WiMax

Conexão WIMax

Pobre cabo de conexão. O acessório que conecta seu computador à internet está com os dias contados. O acesso à web por meio de cabos já conta com a feroz competição das cada vez mais populares redes sem fio com a tecnologia Wi-Fi, que saíram do ambiente corporativo para invadir estádios, lanchonetes e teatros, dando liberdade aos usuários.
O próximo round desta briga poderá ser fatal para as tecnologias de acesso à internet de alta velocidade.
Mesmo com brigas políticas, investimentos ainda escassos e supostas rivalidades com outras tecnologias sem fio, as redes WiMax de transmissão de dados ensaiam sua invasão no mercado brasileiro para 2007. O primeiro passo para o WiMax foi dado em outubro de 2004, quando o Working Group on Broadband Wireless Access Standards, grupo responsável pela padronização de padrões de banda larga sem fio, divulgou a primeira configuração final da tecnologia. Teoricamente, o WiMax pode ser considerado uma evolução tecnológica do popular Wi-Fi. Tecnicamente, porém, o padrão de comunicação está a quilômetros de distância do Wi-Fi.Pelo padrão do IEEE, redes WiMax, designadas tecnicamente como 802.16, usam as mesmas ondas eletromagnéticas empregadas em sistemas de internet por rádio. A diferença está na freqüência utilizada e na potencial irradiada.A comparação com o Wi-Fi chega a ser injusta. Em vez do usual alcance de 30 metros com velocidade de 54 Mbps (megabits por segundo), disponível no 802.11g, protocolo sem fio mais avançado atualmente, redes WiMax alcançam áreas descampadas de 50 quilômetros com velocidade de 70 Mbps.

A velocidade de tráfego aliado ao potencial do sinal permite que uma única antena de WiMax ofereça banda larga sem fio para cerca de 60 usuários domésticos com conexões DSL - como a que você usa em casa para entrar na web.Em uma região com obstáculos, como prédios e acidentes geográficos, o alcance cai para aproximadamente 15 quilômetros.Para efeito de comparação, a próxima evolução da Wi-Fi, que chegará em 2007, aumenta a velocidade do tráfego de dados de 540 Mbps, mas seu alcance atingirá 50 metros, cerca de mil vezes menos que o WiMax.

WiMax na práticaO método para acessar redes WiMax seguiria fórmulas já conhecidas tanto pelas operadoras como pelos usuários. De um lado, os vencedores do processo de licitação promovido pela Anatel para exploração da banda de 3,5 GHz espalhariam antenas pela região escolhida que reflitam o sinal para toda a metrópole, em sistema similar às antenas usadas pelas operadoras de telefonia celular.O sinal das antenas, então, seria captado pelo chipset do micro do usuário, no formato de um modem ou integrado à placa-mãe do equipamento, que oferece transmissão de dados com banda larga pelas redes WiMax.Possivelmente, a utilização doméstica do WiMax se assemelha aos atuais serviços de internet que utilizam rádios para prover internet, como a Giro.
Impacto na sociedadeJunto à robustez na transmissão de dados, o grande alcance das redes WiMax a colocam como a principal opção de banda larga doméstica ou corporativa sem fio em cidades de qualquer tamanho ou com um público-alvo baixo o suficiente para não justificar o investimento das teles.Com uma antena no centro de São Paulo, teoricamente moradores dos bairros de Marsilac e Guaianases, nos extremos sul e leste da cidade, poderiam acessar internet a partir do mesmo sinal.A presença de antenas refletoras poderia aumentar ainda mais esta região. Atingir uma área tão vasta com os atuais sistemas de banda larga gastaria não apenas quilômetros de cabos, como também grandes investimentos em mão-de-obra.
Não apenas como uma futura opção de banda larga, o WiMax é encarado como uma ferramenta essencial para a inclusão digital em países que, como o Brasil, concentram sua estrutura de internet nos pólos econômicos.De Campinas, no interior do estado de São Paulo, à região do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais, passando por São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, todas as regiões em que as licitações específicas forem compradas no leilão da Anatel poderão contar com acesso a banda larga de maneira similar.

Fonte: IDG Now

18.10.06

Problemas de Visão

Software ajuda pais a identificarem problemas de visão nos filhos


O Instituto Penido Burnier, de Campinas, passa a oferecer em seu site uma ferramenta gratuita para testes de visão, voltada a ajudar os pais a verificarem se seus filhos têm problemas de visão, prevenindo doenças oculares.

16.10.06

Religião


Santa Edwiges

Diz-se de Santa Edwiges - cuja data é celebrada hoje - que é a protetora dos endividados. Não é à toa que todas as igrejas e capelas que a veneram como padroeira recebem neste dia milhares e milhares de fiéis.

HISTÓRIA


Lev Davidovitch Bronstein - o Leon Trotsky - foi, ao lado de Lênin, o principal líder da Revolução Soviética de 1917. Mas caiu em desgraça...Perseguido pelos burocratas do partido comunista e expulso da URSS, exilou-se no México, onde foi assassinado a mando de Josef Stalin em 1940. Mas suas idéias e a sua concepção do socialismo - tão preciosas em vida - não morreram. Tanto ontem quanto hoje, milhares de adeptos em todo o mundo ainda perseguem seus ideais e louvam uma única palavra: o Trotskismo.


TrotskismoDoutrina e movimento político baseado no pensamento de Leon Trotski, um dos mais importantes líderes da Revolução Russa. Depois da morte de Lenin, Trotski foi preterido por Stalin e finalmente expulso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 1929. Após haver fundado a Quarta Internacional em 1938, foi assassinado no México, em 1940, pelo agente stalinista espanhol Ramón Mercader. Os trotskistas afirmam serem os herdeiros do autêntico marxismo-leninismo e rechaçam o stalinismo, que consideram uma traição à filosofia do materialismo dialético. A questão teórica fundamental do trotskismo é a doutrina da revolução permanente, que sustenta que o imperialismo, ao introduzir relações capitalistas em países atrasados, impede o surgimento de uma burguesia suficientemente forte para eliminar os restos do feudalismo e desenvolver o capitalismo. Portanto, o proletariado desses países deve proceder sem demora à construção do socialismo, abreviando as etapas de reforma intermediárias e estabelecendo assim uma frente antiimperialista. O segundo princípio da doutrina do trotskismo é o da internacionalização da revolução: o proletariado, uma vez que tenha alcançado a vitória, deve dar prioridade à extensão da revolução em outros países, posto que o socialismo não pode estabelecer-se em uma única nação rodeada por uma economia capitalista internacional, como defendia Stalin com o lema de o socialismo em um só país. O trotskismo representou a principal alternativa marxista-leninista ao stalinismo a partir da década de 1930. Denunciou as perseguições cometidas naquela época, a suposta burocratização do Estado soviético e seu controle sobre outros partidos comunistas internacionais. No entanto, acreditava que a situação da URSS representava um avanço em relação ao capitalismo: um Estado dos trabalhadores, embora degenerado. Depois da Segunda Guerra Mundial, o movimento trotskista entrou em crise devido a sua fragmentação, às disputas sectárias e à obsessão pelas discussões doutrinais. Considerando que nenhum grupo trotskista conseguiu um apoio significativo da classe trabalhadora, alguns de seus membros se declararam partidários do ingresso sub-reptício em partidos socialistas já estabelecidos (o entrismo). O trotskismo voltou a emergir na Europa Ocidental e em alguns países da América Latina no final da década de 1960. Entretanto, nunca mais obteve o prestígio anterior, restringindo-se ao apoio de um pequeno grupo de seguidores, embora exercesse certa influência em círculos intelectuais. A Liga Comunista Revolucionária francesa viveu momentos de certo auge durante o chamado Maio de 1968, quando a Quarta Internacional teve um novo impulso. Na América Latina também surgiram destacadas formações afins ao trotskismo, como o Partido Operário Revolucionário Boliviano e o grupo guerrilheiro argentino Exército Revolucionário do Povo. No Brasil não houve uma linha hegemônica trotskista. E poucas organizações de esquerda atuantes no período posterior ao Movimento militar de 1964 admitiam entre seus militantes representantes trotskistas. Apenas o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e a Aliança Libertadora Nacional, liderada por Carlos Marighella, aceitavam esta linha de pensamento no Brasil. No entanto, o partido mais identificado com a proposta da Quarta Internacional é o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), fundado em 1994. Unificou diversas correntes de militantes revolucionários brasileiros com trajetórias políticas e experiências diferentes. Atua principalmente nas organizações da classe trabalhadora, nos sindicatos e na Central Única dos Trabalhadores (CUT). Tem sede nas principais capitais brasileiras e publica o jornal Opinião Operária.

15.10.06

HISTÓRIA


Quem é “MAG”, novo coordenador da candidatura Lula?

© 2006 MidiaSemMascara.org

Marco Aurélio Garcia, conhecido como “MAG”, nos anos 60 e 70 do século passado foi uma liderança do trotskismo internacional. Nos anos de luta armada no Brasil viveu exilado na França e no Chile. Após a Anistia, voltou para o Brasil e foi um dos que colaboraram na fundação do Partido dos Trabalhadores e, em 1990, na condição de Secretário de Relações Internacionais do PT, um dos organizadores e fundadores do Foro de São Paulo, que não passa de uma nova Internacional para a América Latina. É professor licenciado do Departamento de História da Unicamp.

Em dezembro de 2002 – ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso -, por instância do presidente eleito e já na sua condição de futuro assessor internacional do governo Lula, coordenou o envio de uma carga de gasolina para normalizar o abastecimento do mercado interno na Venezuela, seriamente abalado por uma greve coordenada pelas oposições a Hugo Chávez.

Valendo-se de sua cobertura de assessor internacional do presidente Lula mantém conversações com os grupos armados e de oposição a vários governos da América Latina, o que, evidentemente, não poderia ser feito pelos diplomatas do Itamaraty. Esses contatos são feitos em nome do Foro de São Paulo. Como escreveu o filósofo Olavo de Carvalho, “comparado à trama do Foro de São Paulo, o Mensalão é quase um negócio honesto” (Um Negócio quase honesto, Jornal do Brasil de 13 de abril de 2006).

Marco Aurélio Garcia agora é o coordenador da candidatura do presidente Lula, substituindo “o bando de aloprados” (frase utilizada por Lula em uma entrevista concedida dia 25 de setembro de 2006 a três rádios populares de São Paulo e do Rio de Janeiro) da sua equipe de coordenação de campanha presos pela Polícia Federal quando tentavam adquirir, por cerca de 2 milhões de reais, um dossiê fabricado para prejudicar as candidaturas de José Serra e Geraldo Alckmin. Nessa entrevista, Lula, que mais uma vez não sabia de nada, não titubeou em jogar a culpa no presidente do PT, Ricardo Berzoini, que foi quem escolheu e coordenava a tal equipe.

Esta introdução objetivou publicar o artigo abaixo que foi escrito em Caracas por Johan Freitas e publicado originalmente no site do grupo MilitaresDemocraticos.com, da Venezuela.
Finalmente, recorde-se que todas as fontes citadas nas referências do artigo foram solenemente ignoradas pela imprensa nacional.
***
O brasileiro que ganha tempo para Chávez. Seus vínculos terroristas e com Saddam
Johan Freitas, Caracas
“Devemos dar a impressão de ser democratas”, disse Marco Aurélio Garcia, o marxista de linha dura atrás do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. E acrescenta: “...teremos que aceitar inicialmente algumas práticas. Porém, isso não é para sempre” [1].

Na semana passada Marco Aurélio Garcia esteve na Venezuela, oferecendo apoio a outro suposto democrata, Hugo Chávez. A greve geral na Venezuela secou os postos de gasolina e estrangulou os automobilistas. Os efeitos da greve ameaçam derrubar Chávez do poder. Porém agora, graças a Marco Aurélio Garcia, o navio “Explorer Amazon” dirige-se ao porto venezuelano carregado de 520.000 barris de gasolina sem chumbo da companhia petroleira brasileira Petrobras.

A que se devem sua presença e sua ajuda? Por que o Brasil intervém para desmontar uma greve de caráter eminentemente interno? Por que Lula deseja que Chávez se mantenha no poder? Podemos vislumbrar as chaves a estas perguntas observando detidamente Marco Aurélio Garcia, o homem por trás do plano.
“A democracia não é mais do que uma farsa para alcançar o poder”

Em uma entrevista ao tablóide francês “Le Monde”, o presidente eleito do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, repete as palavras aprendidas com Marco Aurélio Garcia quando descreve as eleições democráticas como uma farsa, que é simplesmente um passo necessário para alcançar o poder. [2]

Para Marco Aurélio Garcia, estas palavras não são só uma teoria. Ele as viveu pessoalmente no período de 1969 a 1973, quando era um ativista político estrangeiro no Chile durante o regime de Salvador Allende. [3]. Allende foi eleito democraticamente porém, uma vez que alcançou o poder, usou o governo para fechar jornais e controlar com mão de ferro os partidos de oposição. Em um conhecido escândalo público, uma grande quantidade de armamento cubano foi encontrada em sua residência, enviados por Castro para armar as milícias civis, com o objetivo de “defender a Revolução Socialista no Chile”. As ações do brasileiro foram fundamentais para esta ação. Este foi o primeiro contato de Marco Aurélio Garcia com as operações cubanas no exterior.

Em 1980, Marco Aurélio Garcia fundou junto com Lula da Silva o “Partido dos Trabalhadores” (PT). Desde então, tem sido seu assessor para assuntos exteriores.
Voltemos a 1990. Enaltecido por Castro, que a estas alturas havia orquestrado incursões militares em mais de 30 países, Marco Aurélio Garcia convoca uma reunião de todos os grupos de esquerda da América Latina e do Caribe. Atendem ao chamado os representantes de 48 partidos comunistas e grupos terroristas. Esta reunião converte-se no “Foro de São Paulo”, com Marco Aurélio Garcia à sua cabeça – um título que ainda conserva no presente, doze anos mais tarde.

O Foro de São Paulo apóia o terrorismo

Atuando como o líder do Foro de São Paulo, Garcia controla e coordena as atividades subversivas e extremistas que se sucedem desde o Rio Grande até a Patagônia, Argentina. Vários dos membros do Foro de São Paulo são terroristas, alguns dos quais estão na lista dos mais procurados pelo FBI. Isto não é uma coincidência. O Foro de São Paulo, sob os auspícios de seu Secretário Executivo Marco Aurélio Garcia, estabeleceu como política o apoio a grupos terroristas. Considere esta entrevista tomada no X Congresso, levado a cabo em 7 de dezembro de 2001 em Havana, Cuba, na qual ele se refere aos grupos terroristas colombianos “Exército de Libertação Nacional” (ELN) e as “Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia” (FARC): “9. Ratificamos a legitimidade, justiça e necessidade da luta das organizações colombianas e nossa solidariedade com elas”.

O novo eixo do terrorismo inicia-se em Cuba, passando pela Colômbia, é financiado pelos milhares de milhões de dólares do petróleo venezuelano e finaliza na superpotência brasileira.
De acordo com as política ditadas por Havana, o líder do Foro de São Paulo, Marco Aurélio Gracia, expressou um especial interesse pelo terrorista Manuel Marulanda Vélez, codinome “Tirofijo”, o líder das FARC. A cada ano, desde 1990, Garcia se auto-impôs como uma prioridade realizar encontros pessoais com enviados das FARC. Estes encontros foram realizados não só em solo cubano – sempre com a presença de Fidel Castro – mas também no México, para onde Marco Aurélio Garcia viajou, a fim de reunir-se em 5 de dezembro de 2000 com Marco León Calara, membro das FARC. Os temas tratados nesses encontros mantêm-se sob um manto de sigilo. Entretanto, cada vez que se reunem, as FARC incrementam seus ataques com um altíssimo custo de vidas humanas.
A lista das FARC e do ELN

Chávez tem apoiado ativamente os membros das FARC e do ELN fornecendo cédulas de identidade falsas, armamento, munições e lugares seguros para a retirada das tropas em ordem. Também recebem apoio de Cuba, onde os líderes destes grupos terroristas descansam e as tropas são treinadas. Inúmeras denúncias muito bem documentadas do presidente e vice-presidente de CAVIM, de diretores da ONIDEX, de efetivos da DIM e da DISIP chegaram ao conheciento público nos meses passados e sustentam estas asseverações. Desta maneira, Chávez se assegura de contar com guerrilhas armadas que serão usadas para debilitar a democracia venezuelana e forçar seu regresso ao poder.

O que o futuro proporciona ao Brasil e à região

Sob Marco Aurélio Garcia, a política exterior do Brasil será manejada desde Havana. A diplomacia do Brasil a cargo de Garcia trabalhará ativamente contra as políticas que os Estados Unidos auspiciam na região, que se iniciarão com seu apoio a Fidel Castro: “cuidaremos de eliminar o bloqueio a Cuba” [4].

Marco Aurélio Garcia descreve seu partido político, o PT, como “radical, de esquerda, socialista” [5]. Porém, Garcia é mais que um radical e mais de extrema esquerda que um socialista: é de fato um comunista de linha dura que quer reviver o comunismo no mundo. No artigo que escreveu sobre o “Manifesto Comunista”, de Karl Marx, ele conclui que “A agenda é clara. Se o horizonte que buscamos é o comunismo, é hora de reconstrui-lo”. [6]

Marco Aurélio Garcia trabalha muito próximo com outros políticos de tendência marxista ao redor do mundo e aparece em antologias que são lidas como um “quem é quem” dos que apóiam o terrorismo internacional: de Cuba, Mário Machado e Marta Harnecker; da China, YunLin Nie, autor de “O Manifesto Comunista e o Socialismo com características chinesas”; Pham Nhu Cuong representa o Vietnã; e Mohamed Latifi é o contato iraniano. Também colaboram outros extremistas de países democráticos como Seppo Ruotsalainen da Finlândia (autor de “O Processo e o Manifesto Revolucionário”), Allan Woods da Inglaterra (“O Manifesto Comunista Hoje”) e Pierre Zarka da França (“O Manifesto do Partido Comunista”). Todos eles compartilham um profundo e intenso ódio contra os Estados Unidos e a sociedade ocidental [7].

O vínculo nuclear com Saddam

Até 1994 o Brasil realizou investigações para o desenvolvimento de armas nucleares e projetou duas bombas atômicas. Fernando Henrique Cardoso deteve estas provas em instâncias dos Estados Unidos, quando se presumia que o Brasil estava a ponto de realizar provas de um dispositivo nuclear. O programa de armas nucleares do Brasil também estabeleceu vínculos com o Iraque e a China, países que venderam urânio enriquecido ao Brasil e investiram em sua indústria aero-espacial. Em vários discursos de sua campanha política para a Presidência, Lula da Silva expressou seu desejo de estreitar relações com a China.

Agora, com Lula da Silva na Presidência e Marco Aurélio Garcia a cargo da estratégia da política exterior do Brasil, iniciaram-se os planos para reativar silenciosamente o programa de armas nucleares. A capacidade de dissuasão nuclear é necessária para os planos de Marco Aurélio Garcia e dos grupos terroristas aos quais ele apóia através do Foro de São Paulo.

Os vínculos do Brasil com Saddam Hussein no Iraque estendem-se a outros atores. O primeiro é Hugo Hávez; o segundo o liga ao co-fundador do Foro de São Paulo, Fidel Castro. Hugo Chávez é o melhor amigo de Saddam na América Latina, a quem visitou pessoalmente e ofereceu seu apoio. Depois da primeira visita de Chávez, Fidel Castro enviou ao Iraque Rodrigo Álvarez Cambras, seu braço direito, para estabelecer um contato direto com Saddam.

Até a presente data, o trio Saddam-Castro-Chávez tem trabalhado no desenvolvimento de armas biológicas. Porém, em janeiro de 2003, com o advento de Lula da Silva à Presidência do Brasil, as armas nucleares se incorporaram à fatídica fusão. É só questão de tempo. O pacote de resgate de gasolina brasileira que Garcia enviou a Chávez compra um pouco de tempo ao Presidente venezuelano. Em um mundo no qual os ditadores ainda se mantêm no poder, nada agradaria mais a Marco Aurélio Garcia do que um Iraque com capacidade nuclear.

Notas:
1. “La Nación”, Buenos Aires (Argentina), 5 de outubro de 2002.
2. “Le Monde”, Paris (França): “En privé, Lula, âgé de 56 ans, pense tout haut que l'élection est une "farce" et qu'il faut en passer par là pour prendre le pouvoir”.
3. “O Estado de São Paulo”, São Paulo (Brasil), 6 de novembro de 2000: “Quem é Marco Aurélio Garcia”.
4. Emilio J. Corbière, "Lulazo, populismo y desarrollismo", 28 de outubro de 2002, cita Marco Aurélio Garcia em “La Fogata, el fuego de la lucha revolucionaria”.
5. Marco Aurélio Garcia, revista “Teoria e Debate”, São Paulo (Brasil), julho/dezembro de 1990, nº 12. Extrato do artigo “Terceira Via: a social-democracia e o PT”; “Radical, de esquerda, socialista”.
6. Marco Aurélio Garcia, “Teoria e Debate” (Brasil), 26 de janeiro de 2001, nº 36: “O Manifesto e a refundação do comunismo”.
7. Internatif (França), 2002.
27 de dezembro de 2002.

Carlos I. S. Azambuja é historiador.

14.10.06

Clube Bilderberg

A verdadeira história do Clube Bilderberg é uma narração da subjugação impiedosa da população por parte de seus governantes. Um Estado Policial Global que ultrapassa o pior pesadelo de Orwell, com um governo invisível, onipresente, que manipula os fios desde a sombra, que controla o governo dos EUA, a União Européia, a Organização Mundial de Saúde, as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e outras instituições similares. E, o mais espantoso de tudo, formula os projetos futuros da Nova Ordem Mundial.

Muitos grandes empresários, políticos, incluindo alguns de seus colaboradores, estão lutando para impor limites ao Clube, alguns de fora, outros de dentro, se bem que de forma encoberta. Esse interesse de dominar o mundo não é novidade na história da Humanidade. Outros já tentaram antes.

O lado obscuro do Clube Bilderberg – o pior mal já enfrentado pela humanidade – está entre nós e utiliza os novos e amplos poderes de coação e terror que a ditadura do complexo industrial-militar global – segundo palavras do autor - requer para acabar com a resistência e governar aquela parte do mundo que resiste às suas intenções.
Cada nova medida, por si só, pode parecer uma aberração mas o conjunto de mudanças, que formam parte do processo em curso, constitui um movimento em direção à Escravidão Total. A batalha está se realizando neste preciso instante em que você lê esta matéria e a ditadura global – o Governo Mundial Único – está vencendo.

O objetivo dos que lutam contra essa ditadura global é defender a nossa intimidade pessoal e nossos direitos individuais, a pedra angular da liberdade. E essa batalha envolve o Congresso dos EUA, a União Européia, os tribunais, as redes de comunicação, as câmeras de vigilância, a militarização da polícia, os campos de concentração, as tropas estrangeiras estacionadas em solo de diversos países, os mecanismos de controle de uma sociedade sem dinheiro em espécie, os microchips implantáveis, o rastreamento por satélite GPS, os cartões de identificação por radiofreqüência (RFID), o controle da mente, as contas bancárias, os cartões inteligentes e outros dispositivos de identificação que o Grande Irmão nos impõe e que conectam os detalhes da nossa vida a enormes bancos de dados secretos dos governos.

Os caminhos que forem tomados agora determinarão o futuro da humanidade: se passaremos a fazer parte de um Estado policial eletrônico global ou se continuaremos como seres humanos livres.

O Clube do governo mundial na sombra decide, numa reunião anual secreta, como devem ser realizados seus projetos diabólicos. Quando se celebram essas reuniões, não por acaso seguem-se guerras, a fome, a pobreza, a derrubada de governos e abruptas e surpreendentes mudanças políticas, sociais e monetárias.

Skinner – Burrhus Frederic Skinner -, cientista do comportamento e do aprendizado, colaborador do Instituto Tavistock – organização de pesquisa no campo da psicologia social aplicada – que, por sua vez, é colaboradora do Clube Bilderberg, considera a população em geral incompetente para educar seus filhos e propõe como sociedade ideal aquela em que os filhos são separados das famílias por ocasião do nascimento e educados pelo Estado, que paga aos pais por seus filhos uma determinada quantia, em centros onde passam a viver.

Outra forma de manipulação de conduta utilizada pelo Clube Bilderberg é conseguir que as pessoas obtenham algo que desejam em troca da renúncia de outra coisa, principalmente a liberdade.

Se bem que o Clube Bilderberg, a Comissão Trilateral, a Mesa-Redonda, o Conselho de Relações Internacionais, as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional, o Clube de Roma e algumas outras organizações realizem seus planejamentos e suas gestões em particular; a imprensa, as rádios e as cadeias de TV se negam a cobrir o tema e não se atrevem a falar dele. Isso mantém a maioria da população num estado contínuo de ansiedade interior porque as pessoas estão demasiado ocupadas garantindo sua própria sobrevivência ou lutando por ela.

A técnica do Clube Bilderberg consiste em submeter a população e levar a sociedade a uma forte situação de insegurança, angústia e terror, de maneira que as pessoas cheguem a sentir-se tão exaltadas que peçam, aos gritos, uma solução, qualquer que seja. Essa técnica tem sido aplicada às gangues de rua, às crises financeiras, às drogas e ao atual sistema educacional e prisional.

Com relação ao sistema educacional é necessário dar a conhecer que os estudos realizados pelo Clube Bilderberg demonstram que conseguiram diminuir o coeficiente intelectual médio da população. Para conseguir isso não só manipulam as escolas e as empresas, mas também têm se apoiado na arma mais letal que possuem: a televisão e seus programas de baixo nível, para afastar a população de situações estimulantes e conseguir assim entorpecê-la.

O objetivo final desse pesadelo – ou dessa "confusão dos diabos"... - é um futuro que transformará a Terra num planeta-prisão por meio de um Mercado Globalizado Único – que tornou o mundo plano -, vigiado por um Exército Mundial Único, regulado economicamente por um Banco Mundial e habitado por uma população controlada por microchips cujas necessidades vitais terão sido reduzidas ao materialismo e à sobrevivência: trabalhar, comprar, procriar, dormir, tudo conectado a um computador global que supervisionará cada um de nossos movimentos.
Os membros do Bilderberg "possuem" os bancos centrais e, portanto, estão em condições de determinar os tipos de interesses, a disponibilidade de dinheiro, o preço do ouro e quais os países que devem receber quais empréstimos. Ao movimentar divisas, os membros do Bilderberg ganham milhares de dólares.

Desde 1954, os sócios do Bilderberg representam a elite das nações ocidentais - financistas, industriais, banqueiros, políticos, líderes de corporações multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das Finanças, secretários de Estado, representantes do Banco Mundial, OMC, FMI, executivos dos meios de comunicação e lideranças militares -, um governo nas sombras que se reúne em segredo para debater e conseguir um consenso sobre a estratégia global.

Todos os presidentes dos EUA, desde Eisenhower, pertenceram ao Clube. Também Tony Blair, assim como Lionel Jospin, Romano Prodi, ex-presidente da Comissão Européia, Mario Monti, comissário europeu para a Concorrência, Pascal Lamy, comissário do Comércio, José Manuel Durão Barroso, atual presidente da Comissão Européia, Alan Greenspan, chefe do FED (o Banco Central dos EUA), Hillary Clinton, John Kerry, a ministra de Assuntos Internacionais da Suécia, assassinada, Anna Lindh, Melinda e Bill Gates, Henry Kissinger, a dinastia Rothschild, Jean-Claude Trichet, cabeça visível do Banco Central Europeu, James Wolfenson, presidente do Banco Mundial, Javier Solana, ex-Secretário Geral do Conselho da Comunidade Européia, o financista George Soros, um especulador capaz de derrubar moedas nacionais em proveito próprio, e todas as famílias reais da Europa. Juntamente com eles sentam-se os grandes proprietários dos meios de comunicação, pessoas que controlam tudo o que se lê e assiste.

Em 2004, no Grande Hotel des Iles Borromées, em Stresa, Itália, em mais um Encontro, celebrou-se o 50º aniversário do Grupo, que foi constituído entre os dias 29 e 31 de maio de 1954 no hotel Bilderberg (daí o nome de Grupo Bilderberg), na localidade holandesa de Oosterbeckl em um evento organizado pelo príncipe Bernard, da Holanda.
Tanto Donald Rumsfeld, atual Ministro da Defesa dos EUA, como o general Peter Sutherland, da Irlanda, são membros do Bilderberg. Sutherland é ex-comissário europeu e presidente da Goldman, Sachs e Britsh Petroleum. Rumsfeld e Sutherland ganharam um bom dinheiro em 2000 trabalhando juntos no conselho da companhia energética suíça ABB (Asea Brown Bovery Ltda). Sua aliança secreta tornou-se pública quando se descobriu que a ABB havia vendido dois reatores nucleares a um membro ativo do "eixo do mal", a Coréia do Norte!

Por outro lado, é muito difícil resumir como o Clube Biderberg esteve envolvido com a administração de Ronald Reagan, eleito presidente dos EUA em 1980. Todos os cargos importantes do governo foram ocupados por socialistas fabianos, recomendados pelo Heritage Foundation do Bilderberg/Rockefeller (um parêntesis para assinalar que a Heritage Foundation, fundada em 1973, apresenta-se como um instituto educacional de pesquisa que formula e promove políticas públicas e conservadoras baseadas nos princípios de livre-empresa, governo limitado e liberdade individual, o que torna essa afirmativa – pelo menos essa – inverossímil); com o assassinato de Aldo Moro - morto pelo grupo maçon P2, com o objetivo de alinhar a Itália com o Clube de Roma e com Bilderberg; com o assassinato de Ali Bhutto, presidente do Paquistão, em 1979, que queria desenvolver armas nucleares como elemento de dissuasão contra "as contínuas agressões israelenses no Oriente Médio"; com a deposição do Xá do Irã pelo aiatolá Khomeini, uma criação da VI Divisão de Inteligência Militar britânica, popularmente conhecida como MI6 (sobre o qual o Parlamento britânico não tem jurisdição); ou com o caso Watergate. Ao contrário do que sempre afirmou o Washington Post, não houve nenhuma "evidência" de que Nixon tenha abusado de seu poder. Se cometeu algum crime foi o de não defender a Constituição dos EUA, como jurou na cerimônia de posse.

O surgimento de Bill Clinton, "ungido" como candidato à presidência dos EUA na conferência de Bilderberg de 1991, em Baden-Baden, Alemanha, à qual ele esteve presente, também não é muito fácil de esclarecer. O que é completamente desconhecido pela maior parte da população mundial é que Bill Clinton, saindo da conferência, realizou uma inesperada viagem a Moscou, onde em uma terça-feira, 9 de junho de 1991, entrevistou-se durante uma hora com o Ministro do Interior soviético, Vadim Bakatin, ministro do já então condenado governo de Mikhail Gorbachev. Especula-se que Clinton tenha sido enviado a Moscou pelo Clube Bilderberg para conseguir que "enterrassem" os relatórios da KGB sobre a juventude do próprio Clinton e suas atividades contra a guerra do Vietnã, dois meses antes de anunciar a sua candidatura à presidência. Afinal, Vadim Bakatin, no governo de Boris Yeltsin, que sucedeu Gorbachev, foi nomeado para um importante cargo na KGB.

Como esses fatos podem ser verificados? É virtualmente impossível penetrar no Clube Bilderberg. Algumas provas não estão ao alcance porque fazem parte dos arquivos da Inteligência e só uma minoria privilegiada pode vê-las. Não esperem nunca que os meios de comunicação mencionem a conspiração nos telejornais da noite. E, como nada disso que consta no livro de Daniel Estulin aparece nos noticiários, as pessoas imaginam tratar-se de mais uma das muitas teorias de conspiração a serem desprezadas, freqüentemente ridicularizadas e, por fim, rejeitadas. Resumindo: "uma confusão dos diabos".

O objetivo do Clube Bilderberg é a busca de uma era pós-nacionalismo, em que já não haverá países, só regiões e valores universais. Ou seja, só uma economia universal, um governo universal (designado, não eleito) e uma religião universal. Para assegurar esses objetivos, os membros do Clube defendem um enfoque mais técnico e menos conhecimento por parte do público. Seu objetivo final é o controle de absolutamente tudo no mundo, em todos os sentidos da palavra: a atmosfera, os oceanos, os continentes com todas as suas criaturas. Agem como se fossem Deus na Terra.

Deus pode ter criado o Universo mas, no que diz respeito ao planeta Terra, a mensagem do Clube Bilderberg para Deus é simplesmente a seguinte: "Obrigado. Mas a partir de agora nós mesmos vamos tomar conta".
Recentemente, em 28 de fevereiro de 2006, Daniel Estulin denunciou, na Internet, as dificuldades para que seu livro seja vendido em Portugal e Espanha, inclusive com boicote por parte da editora Planeta, que o editou.

Carlos I. S. Azambuja é historiador.

Fonte: A Verdadeira História do Clube Bilderberg, Daniel Estulin, editora Planeta, 2005.

13.10.06

Governo inglês propõe privatizar a Amazônia

Governo inglês propõe privatizar a Amazônia
04/10/2006

O secretário de Meio Ambiente britânico, David Miliband, divulgou um plano do governo britânico para transformar a floresta amazônica em uma grande área privada.

A proposta inglesa, que conta com o aval do primeiro-ministro Tony Blair, teria o objetivo de proteger a floresta e prevê que uma grande área da Amazônia passaria a ser administrada por um consórcio internacional. Grupos ou mesmo pessoas físicas poderiam então comprar árvores da floresta.

O anúncio foi feito na semana passada em um encontro realizado na cidade de Monterrey, no México, evento que reuniu os governos dos 20 países mais poluidores do mundo.

12.10.06

Nossa Senhora da Conceição Aparecida


Na segunda quinzena de outubro de 1717, três pescadores, Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves, ao lançarem sua rede para pescar nas águas do Rio Paraíba, colheram a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, no lugar denominado Porto do Itaguassu. Filipe Pedroso levou-a para sua casa conservando-a consigo até 1732, quando a entregou a seu filho Atanásio Pedroso. Este construiu um pequeno oratório onde colocou a Imagem da Virgem que ali permaneceu até 1743. Todos os sábados, a vizinhança reunia-se no pequeno oratório para rezar o terço. Devido à ocorrência de milagres, a devoção a Nossa Senhora começou a se divulgar, com o nome dado pelo povo de Nossa Senhora Aparecida. A 26 de julho de 1745 foi inaugurada a primeira Capela. Como esta, com o passar dos anos, não comportasse mais o número de devotos, iniciou-se em 1842 a construção de um novo templo inaugurado a 8 de dezembro de 1888. Em 1893, o Bispo diocesano de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, elevou-o à dignidade de “Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. A 8 de setembro de 1904, por ordem do Papa Pio X, a Imagem milagrosa foi solenemente coroada, e a 29 de abril de 1908 foi concedido ao Santuário o título de Basílica menor. O Papa Pio XI declarou e proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil a 16 de julho de 1930, “para promover o bem espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de Deus”. A 5 de março de 1967 o Papa Paulo VI ofereceu a “Rosa de Ouro” à Basílica de Aparecida. Em 1952 iniciou-se a construção da nova Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, solenemente dedicada pelo Papa João Paulo II a 4 de julho de 1980.

Yamandu Costa



Nascido em Passo Fundo em 1980, Yamandu começou a estudar violão aos 7 anos de idade com o pai, Algacir Costa, líder do grupo “Os Fronteiriços” e aprimorou-se com Lúcio Yanel, virtuoso argentino radicado no Brasil. Até os 15 anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por outros brasileiros, tais como: Baden Powell, Tom Jobim, Raphael Rabello entre outros. Aos 17 anos apresentou-se pela primeira vez em São Paulo no Circuito Cultural Banco do Brasil, produzido pelo Estúdio Tom Brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.

Um dos maiores fenômenos da música brasileira de todos os tempos, o jovem Yamandu confirma e merece todos os elogios que recebe quando toca seu violão. Sozinho no palco, é capaz de levantar em êxtase platéias das mais especializadas e de emocionar o grande publico aos mais apurados ouvidos.

Adolescência

Adolescência - do latim “Adolesco” significa crescer, desenvolver-se. Uma época de conflitos, expectativas, novas perspectivas, fantasias.
A adolescência situa o ser humano entre os limites da dependência infantil e da autonomia do adulto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência pode ser definida cronologicamente pela faixa etária dos 10 aos 20 anos de idade - a segunda década de vida.

Hebiatria – a medicina do adolescente .