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13.7.06

Música online

UOL Megastore e iMusica têm catálogos e recursos semelhantes

Por Guilherme Felitti, repórter do IDG Now!
Publicada em 07 de julho de 2006 às 18h20
Atualizada em 07 de julho de 2006 às 20h22

São Paulo – Duas principais lojas de música online do Brasil trazem catálogo parecido, pequenas variações de preço e falta de suporte ao iPod.

Ao estrear oficialmente nesta quinta-feira (06/07), a UOL Megastore, loja de música online do portal UOL, se tornou a principal concorrente da iMúsica, serviço da holding IdeiasNet. Por mais que representem as duas principais forças de um mercado que tende a esquentar, a UOL Megastore e a iMúsica se assemelham tanto pelo catálogo, composto pelas quatro maiores gravadoras do Brasil, como pelas características que envolvem o processo de compra.A inauguração da MegaStore equipara o serviço do UOL em catálogo com a iMúsica, apenas dois meses após a concorrente revelar que teria acesso a todas as canções das gravadoras Sony-BMG, Universal, Warner e EMI.

O catálogo oferecido, porém, é apenas a primeira de diversas semelhanças que iMúsica e UOL Megastore guardam entre si na disputa pelo mercado de música digital.
A compra das canções obedece às mesmas regras em ambas - as músicas escolhidas pelo usuário durante sua navegação vão sendo debitadas de créditos adquiridos anteriormente.
Para tanto, o usuário pode apelar para cartões de crédito, que dão acesso instantâneo às opções oferecidas, ou para boletos bancários. O comércio é feito por créditos – antes mesmo de sair comprando, o usuário gasta uma determinada quantia, de onde as músicas escolhidas são debitadas. Na UOL Megastore, é possível comprar créditos de 15 reais, 30 reais, 60 reais ou 120 reais, diferentemente da iMúsica, onde é o usuário que define sua quantia, desde que esta não passe dos 100 reais. Mais do que o conforto de comprar música sem sair de frente do PC, lojas de música online oferecem outra vantagem com impacto maior na vida do usuário brasileiro que uma simples saída de casa: o preço. O iMúsica separa seu catálogo por três preços - 0,99 reais, 1,99 reais e 2,99 reais -, com obras de artistas de maior apelo popular, como Elis Regina, Frank Sinatra e Marcelo D2, com a tarifa mais cara. O UOL afirma que as canções vendidas na Megastore têm preço inicial de 2,90 reais, quando algumas obras, como o CD “Anacrônico”, da bahiana Pitty, são oferecidas por 1,99 reais. Em comparações feitas pelo IDG Now!, todos os álbuns comercializadas pela rede custaram mais baratos do que as mídias físicas, vendidas com caixa e encarte nas prateleiras das lojas. Juntas, as doze canções do CD “Carioca”, primeira obra do cantor Chico Buarque a ser comercializada na íntegra na web, saem por 23,88 reais no iMúsica, enquanto o Submarino cobra 28,90 reais.
O mesmo acontece com a versão digital de “How To Dismantle An Atomic Bomb”, álbum mais recente da banda irlandesa U2, com desconto de oito reais em comparação ao produto físico, oferecido pelo Submarino por 39,90 reais. A venda online pode fazer com que entusiastas de música torçam o nariz por um simples motivo: a falta do CD físico. O download das canções não é acompanhada da caixa de plástico e do folheto da obra, artigos imprescindíveis para muitos fãs. A vontade dos usuários de abandonarem as redes de compartilhamento P2P para comprar música legal pela primeira vez na vida pode se transformar em armadilha se um detalhe não for notado: o DRM. DRMs são tecnologias integradas à canção digital que permitem sua cópia por um número de vezes definido e dizem se o arquivo pode ou não ser sincronizado com um determinado tocador de MP3. Tanto a iMúsica como a UOL Megastore usam a tecnologia de DRM da Microsoft, a Windows Media Áudio DRM. A Apple também tem sua DRM, usada exclusivamente em seu serviço iTunes e no seu conhecido player iPod. No mercado de tecnologia, diferentes DRMs não interagem – um iPod, por exemplo, não reproduz músicas com o WMA DRM, da Microsoft, assim como canções compradas pelo iTunes não tocam em players que suportam apenas o WMA. Este embate significa que, na teoria, nenhuma canção comprada legalmente nas duas lojas brasileiras de música online poderá ser transferida e reproduzida no seu iPod. A UOL Megastore oferece na sua lista de perguntas mais freqüentes instruções para que as músicas compradas na loja. possam ser ouvidas no iPod. Em testes realizados pelo IDG Now!, porém, canções adquiridas na UOL Megastore e gravadas em mídias virgens apresentaram problemas na hora de reconhecer informações da música a partir de sistemas como o CDDB nos softwares iTunes e Real Player. Para que o usuário não se sinta perdido, a loja online do UOL montou uma lista com todos os aparelhos compatíveis com a ferramenta DRM da Microsoft. Como usa a mesma tecnologia, usuários da iMúsica podem se basear na mesma lista na hora de comprar players.

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