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16.10.06

HISTÓRIA


Lev Davidovitch Bronstein - o Leon Trotsky - foi, ao lado de Lênin, o principal líder da Revolução Soviética de 1917. Mas caiu em desgraça...Perseguido pelos burocratas do partido comunista e expulso da URSS, exilou-se no México, onde foi assassinado a mando de Josef Stalin em 1940. Mas suas idéias e a sua concepção do socialismo - tão preciosas em vida - não morreram. Tanto ontem quanto hoje, milhares de adeptos em todo o mundo ainda perseguem seus ideais e louvam uma única palavra: o Trotskismo.


TrotskismoDoutrina e movimento político baseado no pensamento de Leon Trotski, um dos mais importantes líderes da Revolução Russa. Depois da morte de Lenin, Trotski foi preterido por Stalin e finalmente expulso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 1929. Após haver fundado a Quarta Internacional em 1938, foi assassinado no México, em 1940, pelo agente stalinista espanhol Ramón Mercader. Os trotskistas afirmam serem os herdeiros do autêntico marxismo-leninismo e rechaçam o stalinismo, que consideram uma traição à filosofia do materialismo dialético. A questão teórica fundamental do trotskismo é a doutrina da revolução permanente, que sustenta que o imperialismo, ao introduzir relações capitalistas em países atrasados, impede o surgimento de uma burguesia suficientemente forte para eliminar os restos do feudalismo e desenvolver o capitalismo. Portanto, o proletariado desses países deve proceder sem demora à construção do socialismo, abreviando as etapas de reforma intermediárias e estabelecendo assim uma frente antiimperialista. O segundo princípio da doutrina do trotskismo é o da internacionalização da revolução: o proletariado, uma vez que tenha alcançado a vitória, deve dar prioridade à extensão da revolução em outros países, posto que o socialismo não pode estabelecer-se em uma única nação rodeada por uma economia capitalista internacional, como defendia Stalin com o lema de o socialismo em um só país. O trotskismo representou a principal alternativa marxista-leninista ao stalinismo a partir da década de 1930. Denunciou as perseguições cometidas naquela época, a suposta burocratização do Estado soviético e seu controle sobre outros partidos comunistas internacionais. No entanto, acreditava que a situação da URSS representava um avanço em relação ao capitalismo: um Estado dos trabalhadores, embora degenerado. Depois da Segunda Guerra Mundial, o movimento trotskista entrou em crise devido a sua fragmentação, às disputas sectárias e à obsessão pelas discussões doutrinais. Considerando que nenhum grupo trotskista conseguiu um apoio significativo da classe trabalhadora, alguns de seus membros se declararam partidários do ingresso sub-reptício em partidos socialistas já estabelecidos (o entrismo). O trotskismo voltou a emergir na Europa Ocidental e em alguns países da América Latina no final da década de 1960. Entretanto, nunca mais obteve o prestígio anterior, restringindo-se ao apoio de um pequeno grupo de seguidores, embora exercesse certa influência em círculos intelectuais. A Liga Comunista Revolucionária francesa viveu momentos de certo auge durante o chamado Maio de 1968, quando a Quarta Internacional teve um novo impulso. Na América Latina também surgiram destacadas formações afins ao trotskismo, como o Partido Operário Revolucionário Boliviano e o grupo guerrilheiro argentino Exército Revolucionário do Povo. No Brasil não houve uma linha hegemônica trotskista. E poucas organizações de esquerda atuantes no período posterior ao Movimento militar de 1964 admitiam entre seus militantes representantes trotskistas. Apenas o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e a Aliança Libertadora Nacional, liderada por Carlos Marighella, aceitavam esta linha de pensamento no Brasil. No entanto, o partido mais identificado com a proposta da Quarta Internacional é o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), fundado em 1994. Unificou diversas correntes de militantes revolucionários brasileiros com trajetórias políticas e experiências diferentes. Atua principalmente nas organizações da classe trabalhadora, nos sindicatos e na Central Única dos Trabalhadores (CUT). Tem sede nas principais capitais brasileiras e publica o jornal Opinião Operária.

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