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21.10.06

WiMax

Conexão WIMax

Pobre cabo de conexão. O acessório que conecta seu computador à internet está com os dias contados. O acesso à web por meio de cabos já conta com a feroz competição das cada vez mais populares redes sem fio com a tecnologia Wi-Fi, que saíram do ambiente corporativo para invadir estádios, lanchonetes e teatros, dando liberdade aos usuários.
O próximo round desta briga poderá ser fatal para as tecnologias de acesso à internet de alta velocidade.
Mesmo com brigas políticas, investimentos ainda escassos e supostas rivalidades com outras tecnologias sem fio, as redes WiMax de transmissão de dados ensaiam sua invasão no mercado brasileiro para 2007. O primeiro passo para o WiMax foi dado em outubro de 2004, quando o Working Group on Broadband Wireless Access Standards, grupo responsável pela padronização de padrões de banda larga sem fio, divulgou a primeira configuração final da tecnologia. Teoricamente, o WiMax pode ser considerado uma evolução tecnológica do popular Wi-Fi. Tecnicamente, porém, o padrão de comunicação está a quilômetros de distância do Wi-Fi.Pelo padrão do IEEE, redes WiMax, designadas tecnicamente como 802.16, usam as mesmas ondas eletromagnéticas empregadas em sistemas de internet por rádio. A diferença está na freqüência utilizada e na potencial irradiada.A comparação com o Wi-Fi chega a ser injusta. Em vez do usual alcance de 30 metros com velocidade de 54 Mbps (megabits por segundo), disponível no 802.11g, protocolo sem fio mais avançado atualmente, redes WiMax alcançam áreas descampadas de 50 quilômetros com velocidade de 70 Mbps.

A velocidade de tráfego aliado ao potencial do sinal permite que uma única antena de WiMax ofereça banda larga sem fio para cerca de 60 usuários domésticos com conexões DSL - como a que você usa em casa para entrar na web.Em uma região com obstáculos, como prédios e acidentes geográficos, o alcance cai para aproximadamente 15 quilômetros.Para efeito de comparação, a próxima evolução da Wi-Fi, que chegará em 2007, aumenta a velocidade do tráfego de dados de 540 Mbps, mas seu alcance atingirá 50 metros, cerca de mil vezes menos que o WiMax.

WiMax na práticaO método para acessar redes WiMax seguiria fórmulas já conhecidas tanto pelas operadoras como pelos usuários. De um lado, os vencedores do processo de licitação promovido pela Anatel para exploração da banda de 3,5 GHz espalhariam antenas pela região escolhida que reflitam o sinal para toda a metrópole, em sistema similar às antenas usadas pelas operadoras de telefonia celular.O sinal das antenas, então, seria captado pelo chipset do micro do usuário, no formato de um modem ou integrado à placa-mãe do equipamento, que oferece transmissão de dados com banda larga pelas redes WiMax.Possivelmente, a utilização doméstica do WiMax se assemelha aos atuais serviços de internet que utilizam rádios para prover internet, como a Giro.
Impacto na sociedadeJunto à robustez na transmissão de dados, o grande alcance das redes WiMax a colocam como a principal opção de banda larga doméstica ou corporativa sem fio em cidades de qualquer tamanho ou com um público-alvo baixo o suficiente para não justificar o investimento das teles.Com uma antena no centro de São Paulo, teoricamente moradores dos bairros de Marsilac e Guaianases, nos extremos sul e leste da cidade, poderiam acessar internet a partir do mesmo sinal.A presença de antenas refletoras poderia aumentar ainda mais esta região. Atingir uma área tão vasta com os atuais sistemas de banda larga gastaria não apenas quilômetros de cabos, como também grandes investimentos em mão-de-obra.
Não apenas como uma futura opção de banda larga, o WiMax é encarado como uma ferramenta essencial para a inclusão digital em países que, como o Brasil, concentram sua estrutura de internet nos pólos econômicos.De Campinas, no interior do estado de São Paulo, à região do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais, passando por São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, todas as regiões em que as licitações específicas forem compradas no leilão da Anatel poderão contar com acesso a banda larga de maneira similar.

Fonte: IDG Now

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